Desejos para 2009

(O que eu quero) vs. (O que eu preciso)



Um 2009 cheio de realizações pessoais para todos:)
...ler tudo>>

Nós por dentro


Nos últimos tempos tudo à minha volta tem convergido para me fazer pensar na separação que fazemos entre a nossa pessoa e os outros. Toda a gente usa, várias vezes por dia, expressões como «as pessoas», «os portugueses», «os europeus», «as mulheres», «os homens», etc., normalmente para nos situarmos em relação - e normalmente numa posição diametralmente oposta e moralmente muito mais bonita - a esses grupos.

Isto faz tanto sentido como aquela anedota dos dois grãos de areia que vão no deserto e em que um se vira para o outro e diz «Psst! Acho que estamos a ser seguidos...».

As pessoas somos nós. E se reconhecemos comportamentos chatinhos nos outros, é porque já os tivémos e graças a [inserir objecto de culto] conseguimos ter o discernimento para os compreender e abandoná-los. Ou não. «As pessoas não respeitam o ambiente» - diz para a câmara de TV o respeitável cidadão carregado de lindos sacos metalizados com compras de Natal em plástico made in China por criancinhas de 5 anos.

Nutra coisa que reparei (e isto aplica-se directamente ao parágrafo anterior) é como é fácil inventar a maldade em tudo o que é exterior ao nosso invólucro de pele. É como olhar para uma parede branca de 2x3 m e o olhar ficar preso no pontinho de tinta preta que está lá. A beleza está nos olhos de quem vê, e a atracção pelo feio também deve ter algo a ver com as tendências do observador. Lá dizia o filósofo que não podemos observar nada sem o modificarmos - e curiosamente mais tarde a Física veio comprová-lo.

Ou seja... ecológicos, ambientalistas, compassivos, simpáticos, prestáveis, íntegros e integrados, generosos, etc., só vale a pena sê-lo por nós próprios, para cumprir com o que queremos ser. Podemos ser muito ecológicos, mas os únicos capazes de ver a verdadeira motivação por trás disso somos nós. Os outros vão ver o que bem lhes apetecer*. So...how ecologic do you feel now;)?


_________________________________________________________________

*O que também se aplica no sentido contrário, explicando o facto de muitas princesas acabarem no estômago de um crocodilo quando na verdade pensavam que iam beijar aquilo que viam como um lindo sapo.
...ler tudo>>

Cinemateca - We Feed The World


«We Feed The World» é um documentário realizado em 2005 pelo austríaco Erwin Wagenhofer sobre alguns dos principais centros de produção da comida que nos chega aos hipermercados. É também o slogan de uma das grandes multinacionais da área da alimentação: a Pioneer Hi-Breed International Inc.
O filme inclui uma entrevista com Jean Ziegler, o Relator Especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação.

citação:
«A cada 5 segundos, uma criança com menos de 10 anos morre de fome. Uma criança que morre de fome é, na verdade, assassinada.»
Jean Ziegler, Relator Especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação.

site oficial+trailer: [link]
imbd: [link]


...ler tudo>>

GreenTube

(A categoria de posts dedicados aos ambientalistas que gostam de ser verdinhos da maneira mais high-tech possível, e a todos os outros que gostam de ser high-tech da maneira mais ecológica possível:)




Há uma versão eco do YouTube! A dica vem do João [link]. Chama-se GreenTube (obviamente) e vai-se lá dar por aqui [link]. Os vídeos são referentes à temática ambiental e, prometem os criadores, «for every video you as a member watch, we will offset a pound of carbon», o que significa compensar a emissão de uma libra (em peso) de carbono (será que queriam dizer de dióxido de carbono?). Verificado pela CarbonFund.org [link]. O que significa que convém fazer o registo - provavelmente o offset é compensado pela venda de longas listas de emails a publicitários desejosos de nos venderem os seus plásticos via spam autorizado. Mas o trabalho de carregar no 'Delete' umas quantas vezes é capaz de compensar, e o site tem uma óptima base de dados de vídeos sobre o ambiente.
...ler tudo>>

Agricultura familiar em Portugal

Conheçam o blog do João Gonçalves e explorem a excelente compilação de ligações que ele tem, em Agricultura Familiar Tradicional [link]...ler tudo>>

Eco-geek: laptop de bambu


A Internet é uma das ferramentas indispensáveis a qualquer ambientalista - para se informar e poder divulgar as acções em está envolvido ou chamar a atenção para problemas ambientais. E para aceder à WWW, qualquer eco-geek (asiático, porque a coisa ainda não se vende por cá) pode a partir de agora utilizar um portátil cuja caixa é feita de bambu, em vez do tradicional polímero plástico não reciclável. Foi desenvolvido pela ASUS e também traz uma bateria cuja eficiência pode ir até +70% do que as existentes no mercado. E quando se estragar, pode servir para alimentar o panda.

Mais informações aqui: [link]
...ler tudo>>

eco-campanhas

_Há algumas campanhas a decorrer actualmente que têm a dupla vantagem de dirigir resíduos para os respectivos locais de reciclagem e usar o lucro obtido com a venda da matéria prima em benefício de grupos desfavorecidos. Dêm uma olhadela:

Telemóveis e consumíveis informáticos (tinteiros etc.) - A Assistência Médica Internacional (AMI) apela à reciclagem destes materiais. Podem ser entregues em mais de 6000 pontos que colaboram com a campanha, incluindo bombas de gasolina, ginásios e hipermercados. Para ver a lista de materiais recicláveis e os pontos de recolha, espreitem aqui: http://www.ami.org/

- Óleos alimentares - A reciclagem de óleo alimentar usado para produzir biodiesel tem 2 vantagens: o óleo não vai pelo cano para poluir lençois de àgua (1 l óleo cobre 1000m2 de àgua), e obtém-se biodiesel sem desperdiçar terra e àgua a plantar girassóis ou colza para esse efeito. Também promovida pela AMI, esta campanha serve para particulares ou para donos de estabelecimentos, que podem saber como aderir aqui: [link], Os pontos onde podemos entregar óleo usado podem ser consultados aqui: [link]. Para saber mais sobre os problemas de poluição ligados aos óleos alimentares, consultem o site netresíduos.com [link].

Cápsulas Nespresso - A máquina é gira, foi promovida pelo George Clooney que, segundo algumas bocas, também é giro, e as cápsulas são engraçadinhas e coloridas. Mas não são nada eco-friendly e suspeito que graças a elas daqui a algumas gerações as criancinhas vão achar que o café nasce nas prateleiras do supermercado. Não são recicláveis mas são reutilizáveis: o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa vai fazer uma árvore de Natal com as cápsulas e pede a todos que as deixem em sacos na Associação Acreditar [Rua Prof. Lima Basto, 73 1070-210 LISBOA Tlfn: + 351 217 221 150 ], as enviem pelos CTT ou contactem Pedro Bello [bello.pedro@hotmail.com, telemóvel: +351 916852874] para combinar a entrega.

Tampas de plástico - A campanha Tampinhas continua! Valem tampas de garrafas e garrafões de água, iogurtes líquidos, sumos e leite do dia, que são valorizados pelos centros de reciclagem aderentes em troca de material ortopédico. A informação sobre os locais de recepção de tampinhas e respectivos beneficiários está centralizada aqui: www.tampinhas.org. Pelo ambiente, dá uma tampa. Ou 10 :)

Rolhas de cortiça -A Quercus [link], em parceria com a corticeira Amorim, promove um programa nacional de recolha de rolhas de cortiça, com o objectivo de minimizar a extracção desta e de valorizar a cortiça usada de modo a poder levar a cabo outras acções de protecção ambiental. As rolhas podem ser entregues nos hipermercados Continente, nos centros comerciais Dolce Vita e nos agrupamentos de Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas. Detalhes no site EarthCondominium: [link]

Radiografias - A recolha de radiografias decorre durante o período de 1 mês, todos os anos, e é promovida pela AMI. 1 tonelada de radiografias permite recuperar 10 kg de prata. Este ano foi em Junho, mas para o ano há mais. Radiografias que não tenham que se guardar por indicação médica (por exemplo, de uma perna partida que já cicatrizou, ou de como era o maxilar antes de se pôr aparelho) podem e devem ser entregues nos pontos aderentes, que estarão disponíveis aqui: [link].

Medicamentos que sobraram ou fora do prazo podem ser entregues nas farmácias (em quase todas), onde são reencaminhados para a Valormed [link]. Neste caso o beneficiário não é um grupo definido de pessoas mas sim todos bebam àgua ou respirem ar da atmosfera terrestre, já que os medicamentos contém substâncias activas muito específicas e que, a serem incineradas ou colocadas em aterros, vão acabar por nos chegar às narinas ou às torneiras.
...ler tudo>>

EcoGeek - Climate Time Machine

_A National Aeronautics and Space Administration (mais conhecida por NASA) lançou um site que permite seguir por satélite os indicadores mais evidentes do aquecimento global: mudanças de temperatura, àreas cobertas por gelo, etc. Chama-se Climate Time Machine [link] e tem uma aplicação interactiva que permite navegar ao longo do tempo observando as alterações geográficas e atmosféricas ligadas aos indicadores referidos.

Já agora, vale a pena visitar também o site da NASA dedicado ao aquecimento global: [link], onde podem ler sobre as suas causas, as consequências e conhecer o estado geral de vários indicadores em tempo real, nomeadamente. No dia em que visitei o site pela 1ª vez, a estatística era:
- A calota polar do Àrtico diminuiu 38% desde 1979;
- A concentração de CO2 na atmosfera é de 384 partes por milhão, e é a mais alta dos últimos 650 000 de anos;
- A temperatura global aumentou 1,3 (Farenheit) desde 1895;

Além de terapia de choque, o site também fornece um conjunto de links para os grupos científicos que se dedicam a estudar cada um dos indicadores e a desenvolver modelos que permitam previsões sobre o clima em geral e o aquecimento global em particular mais próximas da realidade.

(O que é óptimo, se tivermos em conta a quantidade de desinformação que para aí anda e a falta de comunicação entre o público e a comunidade científica, ao menos o pessoal desses grupos já não vai ter problemas quando tentar explicar à família e aos amigos o que é que fazem...)
...ler tudo>>

eco-sites

Não é uma bigorna de ferro nem foi encomendado pelo Coyote - mas também se chama ACME e está promete material topo de gama para... combater as alterações climáticas. Com a fineza de espírito e o sentido de humor do Duffy Duck.
É um site chamado ACME Climate Action [link], tem o aspecto de um jornal do início do século XX e o objectivo de «equipar o mundo para salvar o planeta». Inclui secções informativas (News), dicas sobre como levar uma vida mais ecológica (Acme&You, At Home, Work, Living, Travel), material e ideias para campanhas ambientais (Campaign) e uma descarada secção chamada AcmeWatch onde estão expostos os grandes vilões ambientais da actualidade, sujeitos ao voto dos visitantes.
Também é um excelente ponto de partida para eco-blogs em língua inglesa. E aproveitem para fazer o ponto da vossa performance ambiental e rever as vossas prioridades:



Por último, como o terror é sempre um bom motivador para uma vida mais ecológica, o site apresenta diariamente um facto horripilante ligado à degradação do ambiente. Muito mais giro para reencaminhar aos amigos do que emails em cadeia. Aqui fica o de hoje:

...ler tudo>>

Top Poluição 2007

_Pelo 4º ano consecutivo, o relatório anual do Blacksmith Institute [link] parece o guião de um filme de terror. Na versão mais recente está incluída uma lista dos 10 lugares mais poluídos do mundo, que também pode ser consultada no site WorstPolluted.org [link]. Os indicadores são, entre outros a saúde e a esperança média de vida. E vêm lá incluídos alguns 'destinos de férias paradisíacos'! O relatório especifica:

«Em algumas vilas, a esperança de vida aproxima-se do nível medieval, e as malformações de nascença são uma norma, não a excepção.[...] Noutras, a taxa de asma nas crianças é acima dos 90% e o retardamento mental é endémico.»

Tailândia [foto: BI]

_Antigas minas feitas um bocadinho ao lado do que mandam as normas, áreas industriais dedicadas à produção de químicos em massa, pontos críticos da revolução industrial... muitos dos sítios mais poluídos do planeta encontram-se na China e na Rússia, conhecidas também por políticas pouco simpáticas no que diz respeito aos direitos humanos.

República Dominicana [foto: BI]

_O relatório de 2007 está disponível aqui: [link], bem como relatórios de anos anteriores. Vale a pena explorar o site do Blacksmith Institute, que inclui "manuais de sobrevivência" para a gestão dos locais poluídos e descrições do que levou à destruição ambiental dos ditos. O que é útil para o caso de se estar a passar algo do género no nosso quintal. E acreditem que depois de passar os olhos pelo catálogo, ficamos muito mais apegados ao nosso Portugalzinho;)...ler tudo>>

feliz como as formigas


_Viver em comunidade, todos vivemos. Uns mais desligados dos outros membros da comunidade recolhidos nos seus grupos de eleição, outros em contacto com um leque alargado de indivíduos. Os grupos mais comuns são o núcleo familiar directo, os parentes próximos que se visitam algumas vezes no ano, o grupo de colegas de trabalho (quando o ambiente no trabalho o proporciona) e o grupo de amigos íntimos. E todos estes grupos se sobrepõe mais ou menos. De facto, há pessoas que fazem questão em mantê-los bem separados, enquanto outras gostam amigos, colegas e o resto fique tudo 'em família'. E há quem se abra a ambas as possibilidades, conforme a disponibilidade dos que os rodeiam, mas na verdade tenha coração suficiente para albergar todos - the more, the merrier.

_Mas quais são as consequências sociais, económicas e ambientais de cada uma destas opções? Num tempo em que escolhemos não conhecer as pessoas que vivem literalmente paredes meias connosco, em que a família directa é o nosso refúgio e o apartamento é nosso bunker contra aqueles que são inimigos pelo simples facto de serem desconhecidos - qual é o preço que estamos a pagar a todos os níveis por essa escolha?

_Como alguém que cresceu entre os compartimentos estanques de uma cidade e uma aldeia transmontana onde a família dos que se cruzam connosco quase se adivinha pelas feições, eu escolho viver em pequenas comunidades e/ou casas partilhadas sempre que o trabalho mo permite. E afinal, parece que podem existir comunidades fortes, mesmo nas cidades aparentemente descaracterizadas. E que isso é vantajoso do ponto de vista emocional, económico, ecológico... Deixo-vos o artigo abaixo:)


Living simply provides economic shelter
MARTHA IRVINE
Friday, August 8, 2008

CHICAGO (AP) -- Keri Rainsberger isn't rich. She works in the nonprofit world for a relatively low-profit salary. Yet, as many Americans are scrimping for every penny, she hardly feels the pinch.

She still tithes 10 percent of her income to her church, even as other members have cut back. She rarely worries about rising gas and food prices. And she never bothers to balance her checkbook, because she doesn't come close to spending what she has.

"I live so far below my means that it doesn't really register," says Rainsberger, a 31-year-old Chicagoan with a wiry frame and unusually sunny outlook. "I don't have to think about money."

How is this possible?

For starters, she has no car and commutes by bicycle each workday. She also has no mortgage payment and chooses to live in an "intentional community," a partly shared space where $775 a month covers everything from utilities to meals.

"In one fell swoop, I pay for the roof over my head, the food in my stomach and the lights to read by. That's a big advantage," says Rainsberger, whose high-rise living space is part of the residential program at the Keystone Ecological Urban Center in Chicago's Uptown neighborhood. Her private quarters -- larger and a bit more expensive than some -- are about 400 square feet, divided into a sitting room, a
craft room and a small bedroom. She shares bathrooms, showers, a kitchen and a large dining room with 28 other residents whose ranks include young professionals, professors and retirees.

"It's like a college dormitory, but with better conversation," she often jokes.

Of course, the concept of sharing resources has been around since the beginning of time and is used today from Amish farms to the Israeli kibbutz. For low-income families, it's often simply a matter of survival.

But those who track consumer habits say a growing need to cut costs, along with a wish to be more environmentally and spiritually conscious, is causing even more people to pool their resources, whether defined as an intentional community or not.

"The economy starts to tank. People get tired of it," says Daniel Howard, an expert in consumer research and behavior at the Cox School of Business at Southern Methodist University. "It's people saying, 'Let's get together and help one another.' And it works."

Few may have the desire or even the ability to live the Spartan lifestyle that Rainsberger learned from her Depression-era grandmother. Not everyone is willing to bicycle, for instance, in the stifling mugginess of a Chicago summer or the cold, blustery winds that sweep off Lake Michigan in winter.

But those who advocate a simpler, less consumer-driven life say there are lessons in the strategies she and other intentional communities use.

By buying their food in bulk, for instance, Rainsberger and her neighbors spend $100 to $150 per person each month for meals. (Consider that the U.S. Department of Agriculture "thrifty plan" for a single person is $200 a month.)

Some residents who own cars also share them, drastically cutting overall vehicle expenses.

While this particular intentional community has no children, similar communities trade childcare or keep costs low enough so more parents can stay home or work part-time.

The Fellowship for Intentional Community, a Missouri-based nonprofit that began a steadily growing directory of such communities in 1990, estimates that at least 100,000 Americans now live in one. They define them as groups of people living together who share common values that are religious, economic, environmental, social or any combination of those. Sometimes they own property; others rent. About a third live in urban areas, while the remainder are rural.

Laird Schaub, the Fellowship's executive secretary, says he has no proof that the growth in numbers they've seen is tied to the economy. But he has little doubt that intentional communities are better equipped to weather hard times.

"We're pretty isolated from the ups and downs of the regular economy," says Schaub, who has lived at the Sandhill Farm intentional community in Rutledge, Mo., for 34 years. The farms' 10 residents grow most of their own food and sell organic produce to the surrounding community. Some have other jobs and all share their income with the group, as do about 13 percent of the intentional communities in the Fellowship's
directory.

"You don't have to chase as many dollars to have a quality of life," Schaub says.

And that is freeing in other ways, says Duane Elgin, an environmental activist in California who focuses on simplicity.

"It isn't just cutting back on things. It's about people not needing so many things and putting more attention into their personal interests and their family and friends, being creative, being of service," says Elgin, author of the book "Voluntary Simplicity," a concept he began fostering 30 years ago. "As a result, they are richer individuals."

Lela Philbrook, a 23-year-old singer who lives in Rainsberger's intentional community, has found that to be true. She saves so much money living there that she's able to pay for voice lessons, which cost more each month than her room and board.

"That's huge," Philbrook says. She lives down the hall from her grandmother, a longtime member of the community whose room is a frequent gathering place because she has an air conditioner and wireless Internet access.

Residents also regularly congregate to play games, do puzzles and watch old episodes of "Alias" or "Veronica Mars."

Rainsberger, whose closest family is in Ohio, savors the camaraderie.

"For me, to be able to walk out my door and have everybody in the hall know me, that's a really great experience," she says. "And if anything happens to me, I know there's somebody next door who'll take care of
me."

Certainly, there are times she's had her fill of community and the inevitable difficulties that arise with any group.

"Then," she says, laughing, "you go to your room, shut the door and don't come out."

fonte: http://climate.weather.com/articles/resourcesharing080508.html

...ler tudo>>

Carbon Credit Air Race

Problema de matemática para a 3ª classe:
Quantas acácias terá que plantar 1 piloto da Red Bull Air Race para equilibrar a sua pegada ecológica, tendo em conta que há corridas anuais em Abu Dhabi, San Diego, Detroit, Roterdão, Londres, Budapeste, Porto e Perth, se contarmos só as deslocações das pessoas entre estas cidades, não incluindo as piruetas e o transporte dos aviões?

De acordo com o site da Carbon Credit Agency (de origem inglesa -link) em cada viagem da TAP Terceira-Lisboa para ver a família faço 3 389 km e sou responsável pela libertação de 0,35 ton de CO2.
De acordo com o mesmo site, posso eliminar este peso da minha pegada ecológica anual realizando uma das seguintes acções a) gastar 6,69 € para financiar projectos de reflorestação; b) gastar 7, 35 € para apoiar empreendimentos de construção de energias renováveis ou c) doar 11,29 € a projectos das Nações Unidas envolvendo energias renováveis ou sequestração de carbono.
Também posso saltar por cima dos cálculos de créditos de carbono e ir directa ao site da Tree Nation [link], onde posso escolher desde a plantação de uma Acácia (8 €) até a de uma Adansonia digitata (75€). Ou encomendar directamente uma mata de Acácias por 250€. O local da plantação depende da espécie escolhida e das necessidades de reflorestação.

Se quiser actuar mais perto, posso-me juntar à iniciativa da PurePortugal Lda e doar 10 €, ajudando a garantir que será feita uma doação de 500 € pela empresa, destinada à plantação de àrvores em Portugal [link]:

Se me apetecer fazer menos ainda, posso, pelo menos, abster-me de assistir à Red Bull Air Race e em vez disso passar o dia 7 de Setembro na Casa da Horta [link], onde vai haver uma corrida de aviões de papel reciclado:

Mas fico a pensar... até que ponto compensa andarmos a compensar as emissões de CO2 indispensáveis a uma vida funcional se num único dia algumas alminhas conseguem emitir mais carbono do que uma pessoa poderia compensar numa vida inteira a plantar estacas?...ler tudo>>

resumo das férias

Recebi há pouco tempo queixas de colegas que vivem nos USA e dizem que é impossível tentar obter qualquer coisa da Europa durante Agosto, porque está tudo parado e fechado para férias. E quem é workaholic arrisca-se a ver o resultado do seu trabalho ser classificado como produto da silly season, portanto o melhor é mesmo fechar o tasco. Apesar disso, nada nos impede de deitar o olho a alguns assuntos mais hot. Lê-se tão bem o jornal na toalha de praia!

- Nota 20 para o Festival Andanças [link]!!! Aluguer de pratos, talheres e púcaros, ou pratos de verguinha com folhas de papel reciclado, autoclismos alimentados com a àgua dos duches, abundância de sítios para o pessoal lavar os próprios utensílios, detergentes amigos do ambiente, um ecoponto praticamente em cada pinheiro, disponibilidade de comida vegetariana como nunca se viu em Portugal, estampagem de t-shirts próprias em vez de venda, bookcrossing, tudo o que lhes foi possível para fugir ao desperdício e ao consumismo. Pessoal do Sudoeste, nem sabem como as nossas casas de banho cheiravam beeeeem:) Roam-se de inveja! Além da overdose cultural de música tradicional de vários pontos do mundo, para desenjoar dos top-pop. Fantástico!!!

- Os Catalães querem fazer da Catalunha uma Zona livre de Transgénicos. Razões para isso e info sobre como podemos apoiar os nuestros hermanos cuja língua é das mais parecidas ao Português em: http://www.somloquesembrem.org .Bora lá. Hay que tenerlos!

- Os Italianos do Nutrition Ecology International Center [link] lançaram uma petição online para acabar com os subsídios à pecuária e à pesca. Porquê? Porque estas actividades, em modo industrial, são altamente danosas para o ambiente e nem sequer são lucrativas para as empresas que as gerem. e porque para todos os efeitos, a FAO está farta de avisar que nos países industrializados se consome mais proteína animal do que é necessário - por exemplo, nos USA a Dose Diária Recomendada de proteína animal é de 44g para 1 adulto. Há hamburgueres no McDonalds com 100g. Como estas indústrias só se mantêm graças aos apoios do estado (que vêm directinhos do nosso bolso) e ao mesmo tempo também financiamos os sistemas nacionais de saúde, pode-se dizer que andamos a pagar para ficar doentes e a seguir nos curarem. Mais info aqui: [link]
- A Pure Portugal Ltd [link] vai doar 500 € para a plantação de árvores em Portugal, mas só se outras 50 pessoas doarem 10 € cada. Parece-me muito barato dar 10€ por algo que vai suplantar a nossa esperança de vida e continuar por aí depois de sermos pó. Se pudesse também dava 500€, mas tenho que ficar no grupo dos que dão 10. Mais info em www.ecolivingportugal.org e em http://www.pledgebank.com/ecoliving. Será que posso escolher a àrvore?:)

- Também em Portugal, continua a petição pela Linha do Tua, promovida pelo MCLT – Movimento Cívico pela Linha do Tua [link]. Portugal tem a sorte de ainda conseguir subsistir sem centrais nucleares, em parte graças ao aproveitamento da energia hidráulica dos rios. Apesar da energia gerada pelas barragens ser das mais 'limpas', às vezes há mais factores a ponderar antes de se começarem a bloquear os rios que nem um bando de castores hiperactivos. Por exemplo: é mais razoável produzir electricidade para as necessidades de X pessoas ou investir em ensinar essas X pessoas a viver sem precisarem de tanta energia? Conheçam as razões do MCLT no site deles e visitem a petição aqui: [link]

- Em Gent, na Bélgica, o excelentíssimo Dr. Pachauri , presidente do Intergovernmental Panel on Climate Change (o IPCC - aquele bando de cientistas que dividiram o Nobel da Paz com o Al Gore) deu uma palestra onde apelou à diminuição do consumo de carne e lembrou que a produção pecuária é responsável por 18% das emissões dos gases com efeito de estufa e que são necessários 15 000 L de água para produzir 1 kg de carne comestível. [vídeo]

- 240 ha do Parque do Alqueva, onde vivem 6 484 azinheiras e os seres que dependem delas foram considerados de menor utilidade pública do que um empreendimento turístico da responsabilidade do grupo Roquette. Por isso, vão ser suprimidos desta dimensão da existência. Em compensação, o grupo Roquette terá que garantir a plantação de "21 700 azinheiras em sede de beneficiação de mil hectares por adensamento dentro do Parque Alqueva e de seis mil azinheiras em sede de arborização de outros 100 hectares" (cit. despacho governamental que deu a autorização). A Quercus já bateu o pé [link]. Este Verão, não abandone a sua árvore...

De resto, nós por cá tudo bem. A ilha continua no sítio, mais grau menos grau...
...ler tudo>>

FÉRIAS!!!

_Em primeiro lugar, deixem o parque de campismo/recinto do festival/praia melhor do que os encontraram. Isto refere-se por exemplo a não pegar fogo ao sítio nem deixar resíduos que demorem milhares de anos a degradar-se. Senão acontecem coisas como a este bicho abaixo, enrolado num aro de plástico cuja marca já nem deve ser fabricada (sabem quanto tempo as tartarugas demoram a crescer?). E não é propriamente este tipo de marca que queremos deixar no mundo.


Entretanto, deixo algumas sugestões para um eco-Agosto:












Eu & o blog voltamos em Setembro:)
...ler tudo>>

A Quercus sobre o Dia Nacional da Conservação da Natureza, 28 de Julho: [link]

Os países integrantes da Convention on Biological Diversity (de onde saiu a ideia do Target 2010) elaboram relatórios (que deviam ser anuais) sobre os programas nacionais de conservação em curso e os resultados destes. Estes relatórios servem para avaliar as políticas de conservação da biodiversidade nestes países e também para poder servir de base a outros como fonte de informação sobre modelos de conservação, casos de sucesso e erros a evitar. (Não confundir com os valores de conservação da biodiversidade - o relatório refere-se exclusivamente às políticas em curso.)

Os relatórios portugueses elaborados para a CBD podem ser encontrados na respectiva página (http://www.cbd.int/countries/?country=pt), mas gostava de chamar a atenção para o relatório mais recente, o 3º, onde se pode verificar o estado dos programas de conservação em Portugal (à data de entrega do relatório). Deixo à vossa apreciação:

http://www.cbd.int/doc/world/pt/pt-nr-03-en.pdf

Qualquer crítica, positiva ou negativa, à maneira como o Portugal ambientalista, incluindo ONGs, instituições governamentais e cidadãos em particular, tem lidado com a conservação da diversidade biológica deve ser, na minha opinião, feita com base nos dados apresentados neste relatório. Incluindo qualquer contestação ao que é declarado no mesmo. Simplesmente porque que é o documento oficial e portanto o único que poderá ter valor como referência.

Da mesma maneira, é preferível que qualquer acção de conservação tenha por base a informação dada no referido relatório, nomeadamente as lacunas apontadas neste. Espero que esta informação ajude as ONGs ligadas ao ambiente no estabelecimento de objectivos e iniciativas de conservação.
...ler tudo>>

a pessoa certa

É facto conhecido para uma boa parte dos adultos e para a totalidade das crianças que para coisas importantes, é precisa a pessoa certa. É precisa uma pessoa certa para melhor amigo. É precisa a pessoa certa em quem confiarmos para podemos ter um filho, ou para nos dar a conhecer a banda que nos permite sobreviver à adolescência. Quando as convergências cósmicas não estão afinadas, fica o caldo entornado e a sensação de que foi quase quase perfeito mas... não chegou lá. A pessoa certa na altura correspondente pode ser o fósforo que inicia uma revolução com uma palavra. (Em casos históricos documentados a palavra tomou a forma física de um tiro ou um murro bem assente).

Esta semana aconteceu-me uma coisa que nunca pensei que poderia acontecer: encontrei a pessoa certa para me fazer gostar de poesia. Juro que a estrofe nunca me caiu bem no gôto como forma de expressão, sabe-se lá porquê. Mesmo o Fernando Pessoa e todos os seus heterónimos não me conquistaram como poetas, admirava a lucidez por trás da escrita mas não os versos.

Enviaram-me um livro de poemas misturado com outros que tinha pedido, apesar de eu já ter jurado a pés juntos que não gostava de poesia - o que nem se deve dizer porque parece uma blasfémia. Qual livro? Este:

Veinte poemas de amor y una canción desesperada

Eu li, e quando cheguei ao fim percebi que o tinha absorvido como se fosse a prosa mais cativante que já me caiu nas mãos, uma mensagem disfarçada em canto como as raparigas casadoiras faziam para enviar as respostas aos namorados quando o mundo era mais pequeno. Por isso reli, para ter a certeza que não me escapou nada.
Ah Neruda, que falta me fizeste sem eu saber que existias.

Adoro poesia. Finalmente. É «claro como uma lâmpada, simples como um anel». :)
...ler tudo>>

Tô xim? É pra mim...?


_Quão ligados estamos à nossa comunidade? Vivemos num bairro-dormitório onde só vamos descansar os ossos e forrar o estômago ou num grupo de vizinhos cooperantes? Se precisarmos, podemos contar com as pessoas que vivem a meias paredes? Ou são esses os principais competidores pelos lugares de estacionamento, os que nos fazem tomar um antiácido quando se aproxima uma reunião de condomínio e aqueles que amaldiçoamos quando olhamos para o estado das escadas/do elevador?

_Fica aqui um questionário (na versão original [link]) que foi escrito pelo escritor e agricultor americano Wendell Berry e publicado na The Ecologist em 1 de Maio de 2004. Uma curiosidade que aprendi com o seu artigo, os Amish regem as suas acções pela máxima: "O que é que isto vai fazer pela nossa comunidade?"

1 What species is the nearest tree to your front door?
2 Is it native to your area?
3 How far away is your nearest mobile telephone mast?
4 How many of the items in your house could you make yourself?
5 Where is the nearest source of electrical power to your home?
6 What time did the sun rise this morning?
7 How many days till the moon is next full?
8 How many of the vegetables in your fridge could have been grown within 30 miles at this time of year (the ideal distance according to the National Association of Farmers’ Markets)?
9 From where you are reading this, point north.
10 Name five resident birds in your area.
11 Name five migratory birds in your area.

12 Think of your most expensive possession. How many days would it keep someone living on a dollar a day alive?
13 When was your home built, who built it and where did the material come from?
14 What was on the site before your home was built there?
15 What is the name of the person that cleans your street?
16 What is the origin of your town/village/borough's name?
17 How many generations back in your family can you name an ancestor? And where did they live?
18 What is the source of your tap water at home? And what’s in it?
19 How much water do you use at home each year?
20 When was the last time you borrowed something off a neighbour? And what was it?
21 How many bags of waste do you generate each year?
22 Where does your household waste end up?
23 What is the name of the person that collects your waste?
24 What percentage of that waste could be turned into compost?
25 What is the soil type in your area?
26 Name five edible plants in your region.
27 When are they best to eat?
28 From what direction do winter storms generally approach in your area?
29 What was the total rainfall in your area last year?
30 Where is the nearest bus stop to your house?
31 What spring wildflower is the first to bloom where you live?
32 When does it usually happen?
33 What is the furthest place you have walked to from your home?
34 When did you last talk to your postman / woman? And what is their name?
35 Where is your nearest nuclear power station? When did it last have an accident?
36 If the sea level rises 1 metre over the next 50 years, how much of your home will be submerged?
37 How far from your home is the nearest wilderness?
38 How many people do you know living within 500 metres of you?
39 When you flush the loo, where does the effluent end up?
40 What is your council tax spent on?
41 What was the predominant human activity in your area 100 years ago? 500? 1000?
42 Where is your nearest farmers’ market and when is it held?
43 If money became worthless, how many days at home could you survive?
44 How many constellations can you see from your bedroom window? When did you last look?
...ler tudo>>

várias boas razões para largar os sacos de plástico



nunca se sabe quando se apanha um ambientalista na caixa......ler tudo>>

Pegada Ecológica Total



Para 1 humano. Bolas, somos uns porcos...
...ler tudo>>

Capitalismo pro-ambiental


Uma empresa chamada Destee Nation, com sede nos USA, teve a ideia de vender algo em que eu votava de certeza para produto do ano. A ideia de que os negócios locais, pequenos e familiares são melhores do que os franchisings cheios de tralha super barata, made-in-China, plastificada, parte-hoje-compra-outro-amanhã. E por incrível que pareça, uma ideia vende!

Com o objectivo de impedir que as comunidades se tornem apenas dormitórios devido à concentração do comércio em grandes armazéns, e permitir que pequenas empresas permaneçam sustentáveis (é tão bom ir a pé para o emprego!) em pequenos bairros, espalham a ideia sob a forma de t-shirts a dizer "LET'S KEEP IT".

E digam lá que às vezes não dava vontade de espetar uma plaquinha daquelas ali em cima em certas ruas que conhecemos desde sempre?;)
Reportagem sobre isto no Adbusters: [link]
...ler tudo>>

este fim de semana, vá para fora cá dentro, por uma boa causa

Aqui:


Depois da autorização de testes com transgénicos num Município onde está em aplicação o processo de se tornar legalmente Zona Livre de Transgénicos, depois de uma consulta pública muito escondidinha onde os documentos para consulta nem sequer estiveram disponíveis ao público num dos locais obrigatórios, e porque ainda resta neste país pelo menos uma alminha que contempla a hipótese de se libertar um transgénico numa zona incorporada na Rede Natura2000, proponho-vos um passeio de fim de semana. Fica portanto o apelo:

«Venha a Monforte este sábado 12 de Julho dizer NÃO aos campos experimentais de transgénicos!

Faça-se ouvir contra o cultivo de OGM não testados em zonas de Rede Natura!

Exija que o governo respeite as zonas livres criadas democraticamente!

A Plataforma Transgénicos Fora convida todos os interessados em proteger a agricultura e alimentação portuguesas a participar numa acção de protesto no sábado 12 de Julho de 2008 em Monforte em frente à herdade onde foram autorizados três anos de testes experimentais de milho transgénico.

O ponto de encontro é às 10h da manhã no parque de merendas da praia fluvial de Monforte, junto à ponte antiga sobre a Ribeira Grande. O acesso está sinalizado a partir de Monforte (há parque de estacionamento no local) e no mapa (www.stopogm.net) pode ver-se o local exacto no canto superior esquerdo.
Quaisquer dúvidas ligar para o 91 730 1025.

Quem estiver disponível para ajudar à preparação da acção (pintar faixas, vestir espantalhos...) está convidado a acampar já a partir de sexta de manhã, e até domingo, no mesmo local (existem sanitários e apoio de cozinha).

Todos contam - contamos consigo!

TRANSGÉNICOS FORA - Plataforma Portuguesa por uma Agricultura Sustentável

A Plataforma é uma estrutura integrada por doze entidades não-governamentais da área do ambiente e agricultura (ARP, Aliança para a Defesa do Mundo Rural Português; ATTAC, Associação para a Taxação das Transacções Financeiras para a Ajuda ao Cidadão; CAMPO ABERTO, Associação de Defesa do Ambiente; CNA, Confederação Nacional da Agricultura; Colher para Semear, Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais; FAPAS, Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens; GAIA, Grupo de Acção e Intervenção Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente; LPN, Liga para a Protecção da Natureza; MPI, Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente; QUERCUS, Associação Nacional de Conservação da Natureza; e SALVA, Associação de Produtores em Agricultura Biológica do Sul) e apoiada por dezenas de outras.

Para mais informações contactar:
Telefax: 22 975 9592
Correio electrónico: mail://info@stopogm.net
Internet: http://www.stopogm.net
»...ler tudo>>

bife à chefa


O Destak não é bem um jornal, é um atentado ao ambiente distribuído de graça e que vive da publicidade e onde, por isso, as notícias são suspeitas de estarem condicionadas à vontade de quem mais paga. Mas mesmo assim achei que valia a pena prestar atenção a uns parágrafos impressos na 6ª feira.

Daqui a pouco os bifes estão tão geneticamente modificados que nem são bifes. Mais uma vez, este artigo vem-nos recordar que a escolinha dá a formação mas não a educação. Lamento ver um membro da comunidade científica achar que vale mais a pena investir na fuga para a frente, respondendo às exigências dos consumidores por mais parvas que sejam, do que na reeducação. (Só por acaso, o mercado da droga também
funciona com base no mesmo princípio). Se calhar a Dr.ª abaixo mencionada acha que com bife feito em laboratório já se poupa o suficiente nas rações para depois tratar a obesidade e a hipertensão da sociedade... enfim... andam os britãnicos a fazer a gastar milhões de libras na campanha das "5 doses de vegetais por dia" [link] e afinal mais lhes valia irem construindo hospitais extra, que hão-de fazer falta.

Como se vê cada vez mais, desde que haja bolsa, há quem trabalhe no caso mesmo que seja para fazer a próxima bomba nuclear. Lamento profundamente esta realidade, porque com a formação e o conhecimento adquiridos esperam-se que venha a ética do saber aplicá-los, seja em que área for.

-----------------------------------------------------------------------------


Artigo: Sai um bife in vitro para a mesa do canto, 04 07 2008 09.14H [link]

Se é da geração em que acredita que o leite vem dos hipermercados, esta notícia não lhe vai fazer a menor impressão, mas caso tenha pastoreado ovelhas ou dividido a sua infância com uma «Malhadinha», é provável que fique ligeiramente perturbado. Anna Olsson, investigadora e chefe do Laboratório de Ciência Animal do IBMC, no Porto, defende num artigo publicado na prestigiada revista New Scientist, que a forma
mais eficaz de lutar contra a crise alimentar é produzirmos carne in vitro. Segundo defende, é insustentavelmente caro e irracional alimentar um bezerrinho para depois aproveitar do animal apenas uma parte.

Por outras palavras, os criadores à antiga não ganham para a ração, e a alternativa tem sido optar por criações intensivas, onde as condições de vida dos pobres bichos deixam, geralmente, muito a desejar. Uma procura maior de carne, já que não só os ocidentais continuam a consumi-las, como muitos outros povos passaram a incluí-la
na sua dieta, só vai, em sua opinião, levar a que se comece por cortar onde é mais fácil, ou seja, no bem-estar animal. Ou, usando o engenho das técnicas para produzir animais, que dos próprios acabarão por ter pouco: galinhas com mais peito e menos patas, e outros pesadelos do género.

É claro que seria mais sensato deixarmos de comer tanta carne, até porque consumimos três vezes mais proteínas animais do que aquilo de que precisamos, para não falar na gordura animal que nos faz mal, mas a investigadora parece achar que a mudança de hábitos alimentares é mais utópica do que transformar laboratórios em talhos.

Face a isto, e a bem de todas as partes, defende que era inteligente «passarmos por cima dos animais», produzindo carne a partir de células. Arte já desenvolvida na tentativa de criar órgãos para transplante, mas de aplicação mais fácil se o objectivo fosse bifes sem músculo, a parte mais complicada de fabricar. Quanto aos animais ao natural, passariam a existir numa versão afectivo/decorativa. Ou
para comer em dias de festa.

Já estou a ver vacas gigantes de plástico, espalhadas pela paisagem, ligadas a um iPod que mugia por elas. Não sei porquê, está-me mesmo a apetecer uma salada.
...ler tudo>>

ande mais de bicicleta



Chegada a crise de meia idade e as ouras que se seguem, há a tendência a comprar um carro mais topo de gama e a aderir a um estilo de vida no geral mais comodista. Para evitar os vários problemas que surgem por causa do sedentarismo, os húngaros criaram um anúncio que incentiva a trocar os típicos carros da crise de meia idade por bicicletas... por um melhor ambiente global e... caseiro:)

ou, como já vi numa t-shirt, bikers do it better ;)...ler tudo>>

Sabes que estás na Terceira quando...



Fugindo por instantes ao tema ambiente, este é um daqueles guias que se elaboram quando se reside num sítio mais do que 3 meses, e que têm como objectivo ajudar à sobrevivência de qualquer viajante que leve uma pancada na cabeça e acorde em paragens desconhecidas. Assim sendo, se isso acontecer, pode-se começar a desconfiar que se aterrou na Ilha Terceira quando:

[Já me esquecia de uma das mais importantes: Sabes que estás na Terceira quando uma das marchas no S.João é da JSD!]

1. Chegas em qualquer estação do ano e as pessoas dizem-te: «Vieste mesmo em boa altura, as festas estão a começar!»

2. 99% das estradas ou ruas chamam-se canadas.

3. 99% das canadas são de sentido único.

4. Não podes sair de casa porque há tourada à corda na tua rua.

5. Não podes entrar em casa porque há tourada à corda na tua rua.

6. Não tens autocarro para casa porque há tourada à corda numa rua.

7. A empregada de limpeza não pode ir a tua casa porque havia tourada à corda na rua dela.

8. 'Pessoa', 'senhor/senhora' e outros termos referentes a seres humanos são substituídos pelas palavras 'tia' e 'tio'. Passo a ilustrar com exemplos verídicos:

«- Porque é que estão vacas no adro da Igreja?
- Foi um tio que pediu para as pôr ali e já agora dão conta da erva que estava a ficar grande.»

«- Porque é que há vacas na Universidade?
- Foi um tio que pediu para as põr ali e já agora dão conta da erva que estava a ficar grande.»

«-Porque é que há pedras a tapar a gruta?
- Foi um tio que as pôs para as vacas dele não caírem para lá para dentro.»

«- Os quadros de escamas de peixe são bonitos!
- São, há lá uma tia em Angra que faz disto. É mulher do tio que é dono das vacas que estão lá na Universidade...»


9. Há 2 vacas por cada habitante e 10 habitantes por cada multibanco.

10. 'Alcatra' pode ser um prato de peixe.

11. Alguém comenta contigo que não gosta nada de praias com areia.

12. A parte mais provável de se queimar na praia é a planta dos pés.

13. Um dos motes dos adolescentes do sexo masculino (e daqueles cuja mente estacionou nessa idade) é que «a piada é apanhar o touro na rua e levá-lo para casa». (Tirem as vossas conclusões...)

14. As lojas de turismo vendem coisas com hortênsias ou touros. Deduz-se que os Terceirenses adoram hortênsias e touros. Um dia houve-se dizer que «as hortênsias são uma praga» e repara-se que massacram os touros até à exaustão nas touradas de corda, e depois ainda mandam vir 'toureiros' do continente para os picarem na praça.

15. As coisas não são 'tão grandes' mas sim 'tanto de grandes'.

16. Todos os nativos com mais de 25 anos já casaram ou fugiram para não os obrigarem a casar.

17. Só pode ir à base das Lajes quem lá tiver família ou conhecidos. A ilha inteira faz compras na base das Lajes.

18. É mais fácil encontrar produtos made in USA do que made in China ou made in Portugal.

19. Quem não faz desporto (nem que sejam caminhadas pela serra de Stª Bárbara acima) é porque está acamado, tetraplégico, ausente ou morto.

20. Vai-se a uma loja comprar botas de borracha para andar no campo, pedem-se galochas e põe-nos umas socas de madeira à frente.

21. Grande parte dos nativos fala rudimentos de inglês por causa da presença americana nas Lajes. Uma parte desses nativos pensa que fala americano.

22. As pessoas das outras ilhas dizem-te que «os Açores são 8 ilhas e um parque de diversões». Os Terceirenses negam mas não se indignam muito.

23. As pessoas das outras ilhas dizem-te que «a Terceira é a ilha dos gays». Os Terceirenses indignam-se um bocadito e respondem que é porque os das outras ilhas vieram todos para cá.

24. Vais no meio da rua e gritas Borges, Nunes, Enes ou Bettencourt. Param pelo menos 3 pessoas a olhar para ti.

25. De Maio a Outubro decorrem as festas do Santo Espírito e podes acertar o relógio às 21:00 (1 foguete) e às 23:00 (2 foguetes).

E o que ainda me falta descobrir...;)
...ler tudo>>

biqueirada no milho, pardon, dans le mäis


48 "ceifeiros voluntários" (aqueles que dão cabo dos campos de OGM em França) foram absolvidos em Tribunal. Antes de transcrever a notícia, gostava de clarificar a minha posição sobre o assunto:)

Apesar de não concordar que a destruição de campos de transgénicos seja a maneira correcta de acabar com a falácia que estes representam, compreendo que haja quem esteja pelos cabelos com a corrupção e a impotência para lidar com este problema pela via legal, e tenha que descarregar sobre os mesmos (melhor do que sobre os donos!).

Está aberto um precendente. Na minha opinião, ainda bem, para que quando por cá uns míudos (ou uns graúdos!) resolverem dar umas biqueirados no milho, as pessoas pensem mais no *porquê* e menos no *quem*. Já que na única vez que isto aconteceu em Portugal, a onda de criticismo mediático sobre os *quem* foi descaradamente uma maneira de desviar as atenções do *porquê*.

À atenção os seguintes excertos, que mostram a atenção dada pelos juízes à motivação dos "ceifeiros voluntários":
- «ce jugement reconnaît la légitimité de l'action de désobéissance civile des faucheurs»
- «Pour caractériser le danger imminent que représentait la parcelle de maïs GM, les juges se sont appuyés, de manière plutôt inhabituelle, sur des notions scientifiques»
- «Le juge conclut que ces éléments constituent un danger pour "le libre choix des agriculteurs et des consommateurs entre différents types d'exploitations agricoles"»

Segue a notícia:

fonte: http://www.infogm.org

---- Relaxe des 58 faucheurs de Pointville: un jugement fort! ----

par Anne Furet

Le 5 juin, le tribunal correctionnel de Chartres a relaxé 58 faucheurs. Après le jugement d'Orléans de 2004, il s'agit du deuxième jugement dans ce sens dans l'histoire des Faucheurs volontaires. En août 2007, à Pointville, 58 personnes ont détruit un essai de maïs GM en plein champ, de Monsanto. Comme en 2004, le Tribunal a justifié la relaxe par l'état de nécessité, qui constitue en droit pénal, un fait justificatif d'infraction. La caractérisation de cet état de nécessité est conditionnée par l'existence d'un danger actuel et imminent, et par la proportionnalité entre la gravité de la menace et les moyens mis en oeuvre pour la prévenir._ Très largement motivé (une vingtaine de pages de motivation), ce jugement reconnaît la légitimité de l'action de désobéissance civile des faucheurs, en usant de justifications sévères à l'encontre de Monsanto._ Pour caractériser le danger imminent que représentait la parcelle de maïs GM, les juges se sont appuyés, de manière plutôt inhabituelle, sur des notions scientifiques. La motivation repose en effet en grande partie sur l'avis de janvier 2008 du comité de préfiguration de la Haute autorité sur le MON810 (1) : la "réelle dissémination des pollens de maïs sur des distances de plusieurs kilomètres" , "la diffusion incontrôlée des gènes modifiés dans l'environnement" et "irréversible", la proximité de huit ruches par rapport à l'essai, la "possibilité d'effets toxiques avérés à long terme sur les lombrics", "l'identification de résistance sur certains ravageurs cibles"... Le juge conclut que ces éléments constituent un danger pour "le libre choix des agriculteurs et des consommateurs entre différents types d'exploitations agricoles", et ce d'autant plus que ces derniers ne peuvent prétendre à aucune assurance en cas de contamination. Le juge ajoute au passage "il ne peut plus être omis que l'action de "désobéissance civile" a contribué à la prise en compte de cette question des OGM dans le cadre du Grenelle de l'environnement"._ Sur la nécessité de l'action et sa proportionnalité, le juge souligne que l'autorisation d'essai a été délivrée sur la base d'une directive mal transposée, et que "Monsanto a porté directement atteinte au droit de propriété des autres paysans sur leurs productions et plus largement au droit de tout citoyen à un environnement sain". Dans ces circonstances, le fauchage d'une parcelle n'a que des "conséquences limitées au regard du principe de précaution et de la nécessaire protection de l'environnement reconnue constitutionnellement"._D'autre part, et à remarquer car il s'agit là d'une première, le tribunal ne contraint pas les faucheurs à payer les dommages et intérêts subis par Monsanto... car Monsanto se trouve être "le responsable du danger qui a permis de caractériser l'état de nécessité"..._Poursuivi également pour refus de se soumettre au prélèvement ADN, l'ensemble des prévenus a été relaxé._Le Parquet et Monsanto ont d'ores et déjà fait appel.


1, cf. Inf'OGM Actu n°6, janvier 2008, http://www.infogm.org/spip.php?article3358_
2, Demandez l'intégralité du jugement à infogm@infogm.org
...ler tudo>>

Remoção cirúgica

Carectomy [link]: propõem-se ajudar a extrair os carros às pessoas quando estes se tornam uma parte incómoda da vida. As técnicas são várias. Divulgam e organizam uma Bicicletada, como já se faz em Portugal [link], bem como uma míriade de eventos exclusivos para utilizadores de bicicleta e impossíveis de realizar com carros: encontros para o pequeno almoço em cima de pontes, a caminho do trabalho; actividades radicais, etc.

A nível global, levaram-me até à World Car Free Network [link], e para quem acha que isto de bicicletadas é uma brincadeira só para quem tem tempo, pode informar-se sobre a Carfree Cities Conference [link], que decorreu este mês.
...ler tudo>>

Cinemateca - A 11ª Hora


«A 11ª Hora» é um filme de 2007, escrito por Leonardo DiCaprio e dirigido pela dupla Nadia Conners/Leila Conners Petersen. Teve mais projecção por causa do actor envolvido do que por outra coisa qualquer, mas na verdade é uma compilação bastante acessível de vários problemas ambientais e das respectivas soluções que podem existir. Distingue-se da maioria dos outros documentários ambientais principalmente por isto.
Infelizmente, muitas das referências ao filme nos media apontavam-no como uma campanha de auto-promoção de mais um actor de Hollywood que resolveu para isso usar a "causa verde" (ah ah claro que o Leonardo DiCaprio precisa desesperadamente de autopromoção). Esteve brevemente em exibição em Portugal. Porquê o título? Vão ter que ver o filme para saberem;)

imbd: [link]
site oficial: [link]


e já agora visitem o site oficial do cérebro por trás do filme, que além de site pessoal é também um eco-site com muitas soluções óbvias para problemas ambientais: [www.leonardodicaprio.com]
...ler tudo>>

Lembram-se disto?

...ler tudo>>

I'm a peacemaker!

Não pessoal, ninguém aqui está mal do coração. No site Peace One Day [link] regista-se o que pretendemos fazer no dia 21 de Setembro para celebrar a paz. E depois dão-nos este carimbo virtual, que liga directamente ao compromisso assumido, para que nos lembremos:



Suspeito que enviem um email para refrescar a memória quando a data se aproximar, também. Eu escrevi o meu compromisso para contribuir para a paz nesse dia. Pode parecer insignificante, mas cada momento que alguém no mundo passar a sorrir é menos uma partícula de infelicidade global. Vou plantar e oferecer aromáticas ao pessoal com quem trabalho. E agora que isto veio a público, é que não posso mesmo falhar;) ...ler tudo>>