Duvido que alguém tenha alguma vez conseguido comer as 12 passas ao ritmo das badaladas. Engoli-las, talvez. Engasgar-se brutalmente, com toda a certeza. Depois de uma tentativa muito mal sucedida por volta dos 7 anos, para a qual contribuiu (suspeito!) a garantia do meu pai que os desejos só se realizavam se eu comesse as passas em cima de um banco atrás da porta e com um pé levantado (temos o gene do british humour na família), este ano vou voltar a não comer as 12 passas. Mas...
Chego ao fim do ano e sinto que devo dar graças...
- ... pela má experiência de viver em Manchester e por esta me ter ensinado a descobrir um novo valor nos amigos e família.
... por ter tido coragem de pôr no compostor as ligações que já estavam meio decompostas de qualquer maneira.
- ... pelas pessoas novas que o ano me trouxe ou pelas que voltaram a entrar na minha vida: a Sandra, a Ana, a Sarah, o Nuno e a Paula, a Sónia, a Mónica, o Filipe, a Rita e a Mara, a Vera, a Anita...
- ... por poder partilhar a vida do Chantilly, um dos meus pequenos mestres Zen, desde a sua beleza perfeita até à sua maneira de ser um pequeno Deus de 4 patas que nunca sonharia sequer que poderia ser outra coisa.
-... pelas respostas que encontrei ou me encontraram
-... por acabar o ano com o dobro das perguntas às respostas que me encontraram
Cada vez mais me convenço de que não há riqueza senão a interior e não há amor senão o universal. Que ser "bom" ou "fazer a coisa certa" valem por si próprios e não pelos resultados. E valem mais para quem os faz. "Ser bom" ou "correcto", atitudes que derivam naturalmente de se amar cada parte infinitesimal do Mundo, soma-se à quantidade de bem nesse Mundo mas eleva exponencialmente o calor que temos no coração. Sermos um veículo do bem desinteressado a cada segundo acaba por ser um paradoxo tal é o ganho pessoal e o crescimento interior que daí se tiram...
Acabo 2007 convencida de que o meu caminho é ser como o sol. Brilhar mesmo que não tenha nenhum objecto sobre que o fazer.
Abraço********...ler tudo>>
Manifesto Neo-Verde
Há uns tempos dei com o seguinte texto no blog Bolinas, do Manuel Rocha. A eco-verde que há em mim teve vontade de lhe bater imediatamente com uma garrafa de PET, reutilizando-a em vez de reciclar, porque reutilizar não gasta energia. Depois pensei nas neoverdices que me encaixam que nem uma luva, e aos meus amigos ecológicamente correctos também. E esta, hein?
«Fruto de um casamento de conveniência entre os burgueses que somos e os cidadãos que gostaríamos de ser, nasceu um híbrido: o neo-verde !
O neo–verde, é o prematuro-mutante-viável de uma tentativa desconseguida de compreensão do sentido da Vida. Prematuro, porque não sobrevive sem um sistema exterior de apoio – os média e os congressos de educação ambiental; mutante viável, porque resulta da evolução possível de quem tentou perceber os fundamentos da ecologia, mas percebeu mal !
O neo- verde tem formação média ou superior e encontra-se disponível em duas versões: light e hard ! O neo-verde light, proclama sempre que pode que é preciso salvar o planeta, compra as fitas do novel-Nobel pela internet e é assinante da National Geografic. O neo-verde hard,vai mais longe: só consome produtos com certificação ambiental equando trocar de carro quer comprar um Honda-hibrido (o Lexus estáfora do orçamento).
O neo verde é a personificação de todas as pseudo-certezas imaturasque atingem os pós-adolescentes tardios . Confunde sabedoria comconhecimento e não distingue conhecimento de informação. Por isso,acredita hoje no aquecimento global e amanhã há-de acreditar noarrefecimento global. O neo-verde é evolucionista desde o Big Bang e além disso conseguiu a proeza de simplificar para dois a complexa fórmula dos três R's – o entendimento neo-verde é que quem recicla, reduz !
Pode-se pois dizer que a cultura neo-verde se caracteriza por umaespécie de neo-provincianismo invertido. Explico: ele sabe exactamenteo que é preciso fazer para salvar o planeta, mas não faz ideia de como se semeia um alho. No entanto, se colocado perante esta dificuldade, o neo-verde tem sempre a resposta pronta: "esse tipo de questão não é linear, tem contornos mais complexos e outro tipo de implicações, e por isso não deve ser abordada de uma forma simplista sem antes se proceder a uma avaliação integral de todos os impactos". E o alho, agradece!
O neo-verde não prescinde da janela panorâmica na marquise, mas quando tiver dinheiro quer equipá-la com vidro duplo. O neo-verde é consumidor de Actimel e está na expectativa de que brevemente a ciência torne biodegradáveis as respectivas garrafinhas. O neo-verde está em permanente dieta de hidratos de carbono, e por isso não vê inconveniente em que com trigo se produza etanol para os motores a gasolina.
Contrariamente ao demodé verde-contestatário, a personalidade neo-verde é por natureza conciliadora: acredita no valor do consenso como menor denominador comum para um futuro melhor, e pauta-se por princípios de uma saudável flexibilidade. Por exemplo: se tiver queoptar entre qualquer questão verde e o cheque do fim do mês, oneo-verde encontra sempre forma de ficar com o cheque !
Ambientalmente falando, o neo-verde é ejaculador precoce, isto é, anda sempre tão excitado com a questão que ao mínimo estimulo debita verdura, deixando o interlocutor sempre insatisfeito. Exemplo: o neo-verde é exímio em conceitos éticos, mas chega sempre atrasado às reuniões.
Para além disso o neo- verde tem bons hábitos sociais e hobbies sustentáveis, tipo sócio de um moto clube que promove passeios de natureza. Assim, num fim de semana soalheiro, procura um pendura tão verde-alface quanto possível, e vão em caravana ver os golfinhos ao zoomarine ou ouvir os passarinhos ao sitio das fontes. Claro que se estiver de chuva, o neo-verde fará como o comum dos mortais: mete-se com a família no monovolume do pai e vai passar a tarde ao Fórum local. Foi exactamente numa dessas tardes em que arrastava indolentemente as solas recicladas pelos reluzentes pavimentos da catedral do consumo, que o neo-verde exultou com a novidade: acabava de ganhar o Nobel !!!»
Vão dar os parabéns ao Manuel ao seu blog: http://manuelrrocha.blogspot.com ....ler tudo>>
«Fruto de um casamento de conveniência entre os burgueses que somos e os cidadãos que gostaríamos de ser, nasceu um híbrido: o neo-verde !
O neo–verde, é o prematuro-mutante-viável de uma tentativa desconseguida de compreensão do sentido da Vida. Prematuro, porque não sobrevive sem um sistema exterior de apoio – os média e os congressos de educação ambiental; mutante viável, porque resulta da evolução possível de quem tentou perceber os fundamentos da ecologia, mas percebeu mal !
O neo- verde tem formação média ou superior e encontra-se disponível em duas versões: light e hard ! O neo-verde light, proclama sempre que pode que é preciso salvar o planeta, compra as fitas do novel-Nobel pela internet e é assinante da National Geografic. O neo-verde hard,vai mais longe: só consome produtos com certificação ambiental equando trocar de carro quer comprar um Honda-hibrido (o Lexus estáfora do orçamento).
O neo verde é a personificação de todas as pseudo-certezas imaturasque atingem os pós-adolescentes tardios . Confunde sabedoria comconhecimento e não distingue conhecimento de informação. Por isso,acredita hoje no aquecimento global e amanhã há-de acreditar noarrefecimento global. O neo-verde é evolucionista desde o Big Bang e além disso conseguiu a proeza de simplificar para dois a complexa fórmula dos três R's – o entendimento neo-verde é que quem recicla, reduz !
Pode-se pois dizer que a cultura neo-verde se caracteriza por umaespécie de neo-provincianismo invertido. Explico: ele sabe exactamenteo que é preciso fazer para salvar o planeta, mas não faz ideia de como se semeia um alho. No entanto, se colocado perante esta dificuldade, o neo-verde tem sempre a resposta pronta: "esse tipo de questão não é linear, tem contornos mais complexos e outro tipo de implicações, e por isso não deve ser abordada de uma forma simplista sem antes se proceder a uma avaliação integral de todos os impactos". E o alho, agradece!
O neo-verde não prescinde da janela panorâmica na marquise, mas quando tiver dinheiro quer equipá-la com vidro duplo. O neo-verde é consumidor de Actimel e está na expectativa de que brevemente a ciência torne biodegradáveis as respectivas garrafinhas. O neo-verde está em permanente dieta de hidratos de carbono, e por isso não vê inconveniente em que com trigo se produza etanol para os motores a gasolina.
Contrariamente ao demodé verde-contestatário, a personalidade neo-verde é por natureza conciliadora: acredita no valor do consenso como menor denominador comum para um futuro melhor, e pauta-se por princípios de uma saudável flexibilidade. Por exemplo: se tiver queoptar entre qualquer questão verde e o cheque do fim do mês, oneo-verde encontra sempre forma de ficar com o cheque !
Ambientalmente falando, o neo-verde é ejaculador precoce, isto é, anda sempre tão excitado com a questão que ao mínimo estimulo debita verdura, deixando o interlocutor sempre insatisfeito. Exemplo: o neo-verde é exímio em conceitos éticos, mas chega sempre atrasado às reuniões.
Para além disso o neo- verde tem bons hábitos sociais e hobbies sustentáveis, tipo sócio de um moto clube que promove passeios de natureza. Assim, num fim de semana soalheiro, procura um pendura tão verde-alface quanto possível, e vão em caravana ver os golfinhos ao zoomarine ou ouvir os passarinhos ao sitio das fontes. Claro que se estiver de chuva, o neo-verde fará como o comum dos mortais: mete-se com a família no monovolume do pai e vai passar a tarde ao Fórum local. Foi exactamente numa dessas tardes em que arrastava indolentemente as solas recicladas pelos reluzentes pavimentos da catedral do consumo, que o neo-verde exultou com a novidade: acabava de ganhar o Nobel !!!»
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colocado por Rita às 9:40 da manhã categorias: eco-people 3 comentários
Eco-dicas - Inverno
Todos os dias chego a casa com os pés gelados. Como vivo no 4º andar subo de elevador, gastando energia. E depois gasto energia a aquecer água para o saco de água quente, ou com o aquecedor. Há uns dias experimentei subir a pé para ver se aquecia os pés e cheguei lá acima com eles a ferver. Até os joelhos aqueceram. E sem gastos de energia.
Por isso, como dizia o Johnny.... keep walking :)...ler tudo>>
Por isso, como dizia o Johnny.... keep walking :)...ler tudo>>
colocado por Rita às 1:42 da tarde categorias: eco-dicas 1 comentários
Prenda de Natal I
L'amour est un oiseau rebelle que nul ne peut apprivoiser, et c'est bien en vain qu'on l'appelle s'il lui convient de refuser...
colocado por Rita às 5:32 da tarde categorias: Natal 3 comentários
Não há animais maus...
... há donos tansos.
Admirar a Natureza é amá-la incondicionalmente, aceitar que o "bom" e o "mau", o nascimento e a morte fazem parte dela. Do escaravelho à baleia azul, do pássaro caído do ninho ao urso pardo, somos todos milagres...
Liguem o som:
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Admirar a Natureza é amá-la incondicionalmente, aceitar que o "bom" e o "mau", o nascimento e a morte fazem parte dela. Do escaravelho à baleia azul, do pássaro caído do ninho ao urso pardo, somos todos milagres...
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colocado por Rita às 10:05 da manhã categorias: animais 2 comentários
PIF - Pay it Forward
Caí nisto numa visita ao blog do Nuno e da Paula. É uma corrente de prendas - as 3 primeiras pessoas a comentar este post recebem uma prenda "feita" por mim, e têm que dar continuidade à iniciativa no blog delas!
Nada melhor para celebrar o espírito natalício:) Vá, nem sabem o que vos espera;)
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colocado por Rita às 5:57 da tarde categorias: eco-people 4 comentários