Já repararam como os nossos gostos se tornam mais abrangentes conforme vamos crescendo? Quando somos pequenos não gostamos de sopa, depois vem a fase do não andar de calças ou usar roupa cor de rosa nem que nos matem, e mais tarde não lemos um certo jornal ou não vemos um certo canal de TV por princípio. Mas o círculo de aceitação vai-se alargando. Tenho a impressão, cada vez mais confirmada, que um dia acabamos por gostar de tudo - o que é preciso é que nos seja apresentado de forma certa [Isto faz-me lembrar que lá para o norte diz-se que todo o burro come palha, a questão é saber dar-lha, e que devo estar a falar mais ou menos do mesmo mas não no sentido em que se costuma aplicar o provérbio...eheh..).
Ninguém me faria passar mais de 2 minutos a ler poesia até que me emprestaram um livro de Pablo Neruda e agora tenho uma colecção de antologias poéticas na minha estante. O apocalipse nuclear não me faria comer favas até ao dia em que almocei salada de favas com tomate e queijo fresco temperada com oregãos em casa de uma amiga, e agora experimento receitas com elas. E nunca achei a mínima piada a anime (desenhos animados japoneses) até que dei de caras com a série ergo-proxy. Agora ando a perseguir tudo o que os seus autores já puseram neste mundo, e outros autores se seguirão.
Sinopse: ao descobrir que se aproximava a destruição do ecosistema terrestre, a humanidade criou 300 indivíduos de uma raça especial de seres: os proxy. impossibilitados de se reproduzirem por causa do impacto tóxico no seu corpo, os seres humanos precisam da presença de um proxy nas cidades-aquário em que vivem, para que a sua força vital faça funcionar as incubadoras artificiais onde os fetos se desenvolvem. Mas e se um proxy quiser ser apenas humano? Se escolher apagar da sua memória o seu papel de semi-deus e misturar-se com a multidão para experimentar o que é ser um cidadão?
A puxar bastante para o ambientalismo, com gráficos maravilhosos, música dos Monoral no genérico e dos Coldplay nos créditos finais. Estou convertida. Fica uma amostra:
a pessoa certa (II)
colocado por Rita às 5:11 da tarde categorias: alma, aquecimento global, filmes, poluição, sci-fi
1 comentários:
5 estrelas essa série :P
Grandes citações de filosofia também!
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