Grupo de Biodiversidade dos Açores
A colonização dos Açores fez-se por passarocos despassarados, por sementes voadoras, troncos à deriva portadores de répteis e escaravelhos, pólen e esporos, muito antes dos Portugueses cá terem chegado (~1400 DC).
É mais ou menos tido como garantido que tudo aquilo que vai para uma ilha tende a divergir da população que ficou no continente. Na ilha o clima é diferente, às vezes há ventos fortes que tornam extremamente incómodo ter asas, e às vezes a ausência de predadores permite relaxar e crescer em altura, verdura e tamanho de folha.
Por isso, nas ilhas em geral e nestas em particular, existem populações únicas no mundo, que puderam evoluir em sossego e têm características diferentes daquelas que estamos habituadas. Às vezes uma asa mais transparente, ou menos uma pétala chega para testemunharmos o poder da selecção natural ao longo de pouco tempo (a uma escala geológica).
A biodiversidade própria dos Açores, onde cada ser vivo (excepto o humano) que se atreveu a diferenciar-se da população continental leva o epíteto específico azorica (ex.: Erica azorica - urze, Laurus azorica - loureiro, Hedera azorica - hera), tem sido pormenorizadamente documentada pelo Grupo de Biodiversidade dos Açores. Podem conhecer melhor o projecto aqui [link].
colocado por Rita às 9:54 da manhã categorias: biodiversidade, Diários dos Açores
1 comentários:
Estou curioso por conhecer essa natureza açoreana :) bom trabalho, beijinho grande*
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