Tralha grátis

Já falei de um destes grupos antes, mas agora trata-se de uma lista inteira.

Quem vai mudar de casa, recebeu um telemóvel novo de prenda mas tem um antigo que ainda funciona, tem um enxoval de bebé que não vai voltar a ser necessário ou tem livros a mais em casa pode colocar um anúncio a oferecê-los (vendas não são aceites) nos seguintes sites. Reutilizar é ainda melhor do que reciclar porque não gasta energia. Ao mesmo tempo, quem precisa de algo, pode tentar aqui antes de ir comprar algo novo:) Good hunting... ainda por cima vêm aí o Natal e o Ano Novo, alturas de grande circulação material:)

PodeFicarCom [link]


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FreeCycle.org - rede Portuguesa [link]


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dá_e_recebe_lx

[link] formou-se quando os criadores do Freecycle decidiram que o nome da rede era uma marca registada, o que ia contra a filosofia com que os gestores dos grupos Freecycle portugueses os geriam (e eu concordo... registar a marca de algo que é suposto ser uma rede de trocas de objectos usados para diminuir o consumismo? Paradoxal...). Tem tanta ou mais aciidade como o Freecycle e existe em outras localidades, cmo se pode descobrir fazendo uma busca na mailing list.

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BookCrossing Portugal [link] - o clássico bookcrossing, para pôr a circular livros. Tem pontos fixos de troca (p/ex. prateleiras de cafés que estão reservadas para isso) mas também se pode largar um livro ao acaso, com a respectiva etiqueta e n.º de identificação na rede bookcrosing colada no interior.

Se souberem de mais, avisem-me:)







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Tecnologia verde

http://www.vimrod.com/, Bard of Suburbia...eheheh
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citação

img:www.sandgrains.com

sabem quem escreveu

vamos falar de almas gémeas.

a alma gémea é como um grão de areia (imagina o Universo uma praia). não há uma especial, em detrimento das outras, porque tudo no Universo é especial. não há uma melhor do que as outras porque
tudo no Universo é perfeito. imagina que és um grão de areia numa praia. em que é que és diferente dos demais? tudo na criação divina é perfeito. nada está incompleto. cultiva a tua luz.
falta-te viver a tua vida. nada mais.
a felicidade é amor-próprio.

?


ela [link]
aqui [link]
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a pessoa certa (II)

Já repararam como os nossos gostos se tornam mais abrangentes conforme vamos crescendo? Quando somos pequenos não gostamos de sopa, depois vem a fase do não andar de calças ou usar roupa cor de rosa nem que nos matem, e mais tarde não lemos um certo jornal ou não vemos um certo canal de TV por princípio. Mas o círculo de aceitação vai-se alargando. Tenho a impressão, cada vez mais confirmada, que um dia acabamos por gostar de tudo - o que é preciso é que nos seja apresentado de forma certa [Isto faz-me lembrar que lá para o norte diz-se que todo o burro come palha, a questão é saber dar-lha, e que devo estar a falar mais ou menos do mesmo mas não no sentido em que se costuma aplicar o provérbio...eheh..).

Ninguém me faria passar mais de 2 minutos a ler poesia até que me emprestaram um livro de Pablo Neruda e agora tenho uma colecção de antologias poéticas na minha estante. O apocalipse nuclear não me faria comer favas até ao dia em que almocei salada de favas com tomate e queijo fresco temperada com oregãos em casa de uma amiga, e agora experimento receitas com elas. E nunca achei a mínima piada a anime (desenhos animados japoneses) até que dei de caras com a série ergo-proxy. Agora ando a perseguir tudo o que os seus autores já puseram neste mundo, e outros autores se seguirão.

Sinopse: ao descobrir que se aproximava a destruição do ecosistema terrestre, a humanidade criou 300 indivíduos de uma raça especial de seres: os proxy. impossibilitados de se reproduzirem por causa do impacto tóxico no seu corpo, os seres humanos precisam da presença de um proxy nas cidades-aquário em que vivem, para que a sua força vital faça funcionar as incubadoras artificiais onde os fetos se desenvolvem. Mas e se um proxy quiser ser apenas humano? Se escolher apagar da sua memória o seu papel de semi-deus e misturar-se com a multidão para experimentar o que é ser um cidadão?

A puxar bastante para o ambientalismo, com gráficos maravilhosos, música dos Monoral no genérico e dos Coldplay nos créditos finais. Estou convertida. Fica uma amostra:


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350



350 ppm (partes por milhão) de CO2 na atmosfera é o limite de segurança consensual entre a comunidade científica, a partir do qual as alterações climáticas provocadas pelo aquecimento global devido à presença de CO2 e outros gases de estufa poderão ser irreversíveis. Neste momento as medições mais actuais registam 387 ppm, portanto é urgente descer o nível de CO2 atmosférico.


O International Day of Climate Action - 24 de Outubro - é apenas mais uma iniciativa que faz com que o comum cidadão seja envolvido o movimento para parar o aquecimento global, de uma forma que seja divertida, na mesma onda que a The Fun Theory[link], que vem da Suécia? Propõe que a melhor maneira de motivar as pessoas a fazer algo para o seu bem ou para o bem do ambiente é torná-lo divertido. Vejam aqui [link] como ele pôs pessoas a preferir escadas convencionais a escadas rolantes transformando um lance num piano.


Portanto, quem quiser tirar fotografias de si próprio ou dos amigos com o número 350, em lugares de alguma maneira ligados ao aquecimento global: lixeiras, fjords, glaciares a derreter, praias tropicais que perderam área devido à subida das águas do mar, etc, e submetê-las em 350.org, candidata-se a ter a sua foto projectada em ecrãs gigantes na Times Square e na Sede das Nações Unidas em NY (como os muchachos da foto acima, que foi exemplarmente escolhida pelo Bioterra [link] para falar desta iniciativa). Para que serve? Para que os representantes das Nações Unidas vejam a quantidade de pessoas de todos os lugares do planeta que se deram ao trabalho de se desviar do seu caminho para pedir um objectivo definido: não apenas o "párem o aquecimento global" mas sim o "definam medidas para que as 350 ppm de CO2 não sejam ultrapassadas."




Talvez na sede das Nações Unidas não tenham consciência de quantas pessoas no planeta sabem realmente que é importante não ultrapassar as 350 ppm, talvez pensem que o mundo anda preocupado com o aquecimento global mas não o compreende bem e sente que não pode fazer nada em relação a isso. O movimento 350.org pretende mostrar que não.


Parece-me que já não vou a tempo de criar uma acção 350 na Terceira, apesar de irem decorrer algumas em Ponta Delgada. Em 350.org [link] podem encontrar o mapa de acções a decorrer no dia 24 de Outubro.Fica a referência:





- Plante uma planta endémica dos Açores - Acção Climática 350 [link]

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Mal me quer, bem me quer... estás a torturar a flor para quê, pá?!


Ocorreu-me que isto fosse um problema porque cada vez mais dou de caras com anúncios do género "find your green/environmentalist/zen/buddhist/earthloving soulmate" nos sites ambientais que costumo visitar. Comecei a pensar: mas estes sites vendem-se assim tão facilmente a agências de encontros online, ou a coisa está mesmo difícil? Será mesmo impossível construir uma vida a dois com alguém que não partilha a nossa compaixão pela humanidade, ou a nossa preocupação com o ambiente?

Bem, olhando à minha volta, não posso dizer que conheça uma única pessoa que viva por alguns destes valores 'holísticos' e que esteja numa relação com uma criatura consumista alienada do impacto das suas acções no ambiente e na humanidade. Ou já esteve e removeu-se disso, ou conseguiu sensibilizar o/a dito/a para uma nova aproximação à vida.

Posto isto, resolvi pesquisar porquê a inundação de sites para 'green matching' (GreenPassions, Care2, etc.) . Afinal há tanto consultório emocional online, o problema já devia ter sido abordado algures. E afinal deve mesmo ser um problema. Encontrei dezenas de artigos sobre isto, com explicações detalhadas do conflito que se gera entre pessoas que têm aproximações muito diferentes ao mundo, principalmente quando o 'diferente' diz respeito à atitude ambiental. E o problema também existe à escala empresarial: o livro «Greener Marketing» [link] de Martin Charter e Michael J. Polonsky explica que entre empresas com visões diferentes do que deve ser o impacto no meio ambiente «the environmentalist partner is likely to exit the relationship when the alliance no longer meets its ecological goals».

Ficam uns excertos dos resultados mais interessantes. E a conclusão geral que em caso de incompatibilidade comprovada, o melhor é de certeza não insistir. De qualquer maneira, o material vai ser reutilizado, o que é bastante ecológico;)

- Can You Survive a Relationship with a Partner Who Isn't Green? no planetgreen [link] . Eric Leech, o autor de uma coluna sobre saúde sexual e romance 'ecológico', que parece um rapaz sensível e com algum discernimento, explica como podem os comentários que normalmente já caem mal, do tipo "essa história do aquecimento global é uma lavagem cerebral à humanidade" podem ser clivantes numa relação.

- Incompatible Desires and the Less is Less Principle no blog dos membros da Wellsphere [link]. Um dos membros disserta sobre a sua experiência de recusar prendas, jantares e convites para actividades que vão contra os seus valores, e o impacto que isso tem na sua esfera de relações. Ou aceitar, e o impacto que isso tem em si propria ao sentir-se hipócrita. E conclui que o melhor mesmo é viver com menos: menos tralha e menos bagagem 'mental', mais tolerância, porque para cada ganho para um dos lados, é provável que haja uma perda para o outro.

- 'Green rage' putting relationships at risk na secção Life Expressions do OneIndia [link]. São citados dois ínquéritos feitos a uma pequena amostra de britãnicos, em que se descobre que 1 em cada 5 nem sequer considera uma relação com alguém que não tenha os mesmos 'standads ambientais'. E que provavelmente vai haver chatices no trabalho se os colegas deixarem os monitores em standby durante a noite ou imprimirem a torto e a direito. Ui!

- I Love You But You Love Meat - no NY Times [link]. Um artigo sobre pessoas que escolhem as suas dietas por motivos éticos - e é bom que as suas relações estejam na mesma sintonia, ou já eram. Curiosamente, há uma facção oposta que também se recusa a estabelecer relações próximas com quem não estiver disposto a acompanhá-los em todas as experiências gastronómicas. Não deixa de ser engraçada a visão de Anthony Bourdain, autor do livro "Kitchen Confidential": «vegetarians, and their Hezbollah-like splinter faction, the vegans ... are the enemy of everything good and decent in the human spirit». E eu a pensar que os vegetarianos eram os radicais! De que é que ele se queixa, não é como se lhe estivessem a tirar o pão da boca, não é...?

Até breve:)...ler tudo>>

Blog Action Day

Pronto. Para participar no Blog Action Day eu até venço a preguiça e reabro momentanemanete o blog para escrever sobre uma das pessoas que foi eleita pela Time Magazine "mais influente em termos ambientais em 2009". Não está na política, e nunca adivinhariam.
A Cameron Diaz, que ao que parece teve uma infância bem em contacto com a realidade citadina e poluída do cidadão comum e nada almofadada por qualquer tipo de estatuto de estrela, resolveu juntar-se à causa verde e tornar-se 'relações públicas' do planeta. Podem ler extensivamente sobre as suas iniciativas no artigo da Time [link], mas fica já aqui uma amostra: Cameron Diaz Saves The World!





Até breve:) Prometo que não volto a ficar tanto tempo sem escrever. Só se for porque estou a plantar àrvores ou a salvar baleias. Juro....ler tudo>>

Legislativas: Plataforma Transgénicos Fora analisa programas e campanhas eleitorais

fonte: www.stopogm.net




Omissão dos partidos a tema social controverso constitui risco para a democracia


A Plataforma analisou o programa eleitoral e acompanhou a campanha dos partidos com assento
parlamentar. Lamentavelmente, a maioria dos partidos omite a sua posição aos eleitores, naquele que é um tema cada vez mais discutido na Europa e no Mundo e que afecta todos os cidadãos, desde os produtores agrícolas até aos consumidores.
Apenas o Bloco de Esquerda e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) referem a sua posição nos programas eleitorais. PCP, PS, PSD e CDSPP parecem tentar evitar entrar no polémico debate sobre a utilização ou recusa de organismos geneticamente modificados (OGM).
O Bloco de Esquerda defende a aplicação de uma “MORATÓRIA SOBRE CULTURAS TRANSGÉNICAS” com vista a prevenir a contaminação. Já oito países europeus aplicaram moratórias ao cultivo comercial de transgénicos, tais como a França, Alemanha ou a Grécia. No seu “Manifesto Verde”, o PEV refere a sua oposição “ao cultivo de Organismos Geneticamente Modificados e a utilização de transgénicos na alimentação animal ou humana”.
A campanha eleitoral também pouco ou nada contribuiu para debater os OGM. A Plataforma apenas identificou dois momentos em que os transgénicos foram mencionados e sempre fora de um contexto informativo: uma menção de Paulo Portas no debate com Francisco Louçã e outra por Ricardo Araújo Pereira em entrevista a Francisco Louçã. Lamentavelmente, o dirigente do BE optou por não desenvolver o tema, perdendo-se a oportunidade de enriquecer o paupérrimo debate político sobre agricultura e direitos dos consumidores.
A Plataforma insta os partidos que não expressaram as suas posições a manifestarem se são a favor ou contra os transgénicos. A ausência de posição numa área onde se movimentam poderosos grupos económicos e onde a sociedade civil se divide, constitui um sério risco para as
instituições democráticas do país, que se tornam assim vulneráveis às teias de interesses e corrupção.
Em nome da democracia, apelamos aos nossos dirigentes políticos que dêem ao longo da legislatura a atenção e seriedade que a questão da aceitação ou recusa do cultivo e consumo de transgénicos merece.



Para mais informações:
Alexandra Azevedo: 936 464 658 ou 917 463 902
Gualter Barbas Baptista: 919 090 807
A Plataforma Transgénicos Fora é uma estrutura integrada por doze entidades nãogovernamentais da área do ambiente e agricultura (ARP, Aliança para a Defesa do Mundo Rural Português; ATTAC, Associação para a Taxação das Transacções Financeiras para a Ajuda ao Cidadão; CAMPO ABERTO, Associação de Defesa do Ambiente; CNA, Confederação Nacional da Agricultura; Colher para Semear, Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais; FAPAS, Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens; GAIA, Grupo de Acção e Intervenção Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente; LPN, Liga para a Protecção da Natureza; MPI, Movimento PróInformação para a Cidadania e Ambiente; QUERCUS, Associação Nacional de Conservação da Natureza; e SALVA, Associação de Produtores em Agricultura Biológica do Sul) e apoiada por dezenas de outras.




Para mais informações contactar info@stopogm.net ou www.stopogm.net
Mais de 10 mil cidadãos portugueses reiteraram já por escrito a sua oposição aos transgénicos.
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CINEECO 2008 em circulação

Do Festival de Cinema e Vídeo de Ambiente - CINEECO 2008 (Seia e Góias), ficam as dicas para algumas mais-ou-menos-curtas-metragens sobre ambiente. O festival anda agora em circulação e esta semana está uma Extensão na Terceira, depois de ter passado pela Guarda e Braga. Para saber se vai haver uma Extensão do festival na vossa zona, mantenham-se atentos à vossa agenda municipal - ou proponham vocês próprios uma Extensão. De entre muitos e muito interessantes, chamaram-me a atenção os seguintes e o nome de uma das categorias a concurso antropologia ambiental... As sinopses são as apresentadas a concurso:


Under Construction - Zhenchen Liu (França, 2008, 10 min)[link]
Sinopse> Os planificadores urbanos decidiram derrubar partes da antiga cidade de Xangai para renovar a cidade. Todos os anos mais de cem mil famílias são forçadas a abandonar as suas casas e a mudarem-se para edifícios nos limites da cidade. “Em Construção” é uma visão bi – e tri – dimensional das áreas habitacionais de Xangai, agora destruídas.

Emotions Market - Francisco Sousa, Vitor Pedrosa (Portugal, 2007, 10 min);
Saídos da mesma casa-mãe que eu, ou seja a Universidade Lusófona; site: [link]
Sinopse> Uma loja compra e vende sentimentos. Esses sentimentos são representados por rebuçados. Existem duas filas: uma para quem quer vender rebuçados, outra para quem quer comprar. Nessas filas existem vários tipos de pessoas: o velho que quer vender tristeza, o jovem obeso que quer comprar controle... Lúcio está na fila das vendas e quando chega a sua vez, tenta vender todos os seus sentimentos, colocando uma grande porção de rebuçados em cima da mesa. O empregado justifica que não está autorizado a vender um número tão elevado de sentimentos. No meio da discussão uma rapariga fica com todos os rebuçados de Lúcio, entregando um único sentimento em troca.


Deserts on the move - Europe - (Ingo Herbst, Alemanha, 50 min)
Sinopse > A maioria dos livros escolares continua a afirmar que a Europa não tem desertos. Estão desactualizados. Portugal, Espanha, Itália e Grécia são quatro países da UE tão afectados que aderiram já à Convenção das Nações Unidas para o combate à desertificação. Mas o problema não está limitado a estes quatro países. Bulgária, Hungria, Moldávia, Roménia e a Rússia também deram sinais de desertificação – e na Ucrânia 41% das terras agrícolas estão em risco de erosão. Em 2000, as Nações Unidas publicaram um relatório em que se declarava “as primeiras fases de séria degradação da terra estão a ser assinaladas em várias partes da Europa e 150 milhões de hectares estão em alto risco de erosão. A deterioração atingiu um nível crítico nos países do Mediterrâneo.”

Ribbon of Sand (John Grabowska, USA, 26 min)
Sinopse> Uma exaltação e uma elegia, Ribbon of Sand retrata uma fuga no Atlântico e nos Outer Banks da Carolina do Norte, ilhas destinadas a desaparecer.

The Great Adventure (Francisco Manso (Portugal, 2008, 52 min)
Sinopse > Nos dias de hoje, a pesca do bacalhau é, acima de tudo, um objecto cultural e memorial. Tema forte e muito expressivo de um certo imaginário português, sugere uma abordagem estética e exaltante, mas sobretudo didáctica e plural. Uma abordagem documental capaz de ser apreciada pelas gerações mais jovens de portugueses, pelas comunidades marítimas e emigrantes e por todo um público estrangeiro interessado nas grandes narrativas da vida marítima.
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eco-geek



O modelo wiki, bem conhecido através da Wikipédia mas também utilizado para muitas outras bases de dados colaborativas (i.e., para as quais qualquer pessoa pode contribuir com informação, como a WikiTravel) foi aplicado finalmente ao ambiente, através da criação da WikiaGreen [link] .

O papá é nem mais nem menos do que o criador da Wikipédia, Jimmy Wales [link], que declarou na apresentação do site que pensou seriamente em não levar o projecto adiante porque achou que ia acabar com um fórum cheio de discussões inflamadas sobre o aquecimento global, mas que acabou por fazê-lo porque, na sua maioria, "people are good". Go Jimmy!...ler tudo>>

solo português


Fiquei a saber via Hélio [link], que é um rapaz muito atento, que foi aprovado recentemente em Conselho de Ministros um decreto regulamentar onde está prevista a "reclassificação do solo urbano como solo rural” quando os municípios não programarem a urbanização de zonas retiradas à reserva agrícola para ampliação da zona urbana ou quando não obedecerem aos prazos definidos nesses programas [link Público]. Mais do que limitar a expansão urbana e roubar terreno agrícola, esta medida pode incentivar ao reaproveitamento dos centros urbanos como centros de habitação. O Porto e Lisboa bem que precisavam.... Ah, e o crédito vai para o secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades: João Ferrão. Que não se diga que o Governo só faz asneira.
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Ideias para um Mundo melhor

Portugal É de Todos. A SIC, o Expresso, a Visão e o AEIOU pedem-nos ideias para melhorar a qualidade de vida em portugal: 1) Uma ideia para reforçar a liberdade; 2) Uma ideia para aprofundar a democracia; 3) Uma ideia para construir uma sociedade mais solidária. As respostas vão ser divulgadas nos respectivos sites no dia 25 de Abril e entregues "ao Presidente da República, a todos os grupos parlamentares, ao Conselho de Ministros, à Associação Portuguesa de Municípios e a diversas organizações representativas da sociedade civil". Se não os inspirarem, pode ser que pelo menos nos inspirem a nós. O formulário pode ser preenchido aqui [link].



Na mesma linha, este mês a The Ecologist entrevista 10 pessoas que vivem activamente o projecto de construir um mundo melhor. Activistas à séria, que trabalham em áreas que vão desde o tratamento de resíduos à economia ou ao ordenamento do território. Hippies que não se tornaram yuppies, ou simplesmente adeptos da filosofia "se não os podes vencer, junta-te a eles". Espreitem aqui: [link]
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dispense o preservativo - coma transgénicos


Ao tentar informar-me para escrever o meu parecer em resposta à consulta pública sobre os testes experimentais com milho NK603 (Salvaterra de Magos e Évora) encontrei uma campanha da Greenpeace que tem por mote "forget condoms - eat GM maize" [link]. Pois... é que o milho que se quer experimentar cá em Portugal já foi testado noutros sítios, e as autoridades austríacas para a segurança alimentar [link] deitaram-lhe a mão e fizeram uns testes com ele. Aliás, fizeram testes com uma variedade que é cruzada dos transgénicos MON810 (já alegremente em circulação) e NK603, a chamada linha MON810xNK603. Resultados: ratinhos com apenas 33% deste milho na sua dieta têm menos filhotes, com menos peso, e isto prolonga-se até às 3ªs e 4ªs gerações. Ou seja, como anticonceptivo, este transgénico tem futuro...

Entretanto, também descobri que nos motores de busca científicos todos os estudos sobre o NK603 que aparecem são de carácter molécular e exclusivamente para caracterizar os genes inseridos, ou referem-se apenas ao peso e qualidade nutricional do milho e de gado alimentado com ele. Não encontrei UM ÚNICO estudo sobre efeitos fisiológicos em quem o come que não fossem efeitos de interesse comercial: peso dos animais, qualidade da carne e do leite, etc. Os que encontrei foram feitos pela empresa que detém a patente do NK603 e não estão publicados no meio científico nem foram sujeitos a revisão científica. Isto é irracional mas é possível porque a lei europeia estabelece que quem tem que apresentar estes estudos é a empresa que propõe a comercialização de um transgénico e eles não têm que ser sujeitos a revisão científica. Se não houver um laboratório ou uma agência (como a AGES austríaca) que resolva fazer os testes por si, somos obrigados a acreditar na empresa.

Não interessa bem de quem é a culpa desta situação, interessa é como é que podemos começar a mudá-la... participar na consulta pública promovida pela Agência Portuguesa do Ambiente é uma (das únicas) maneira(s) [link].


A ONG IrishSeedSavers tem um bom resumo (em inglês) do dito estudo austríaco aqui [link], cujo pdf pode ser encontrado na página da AGES [link] procurando pelo nome do autor: Prof. Dr. Jürgen Zentek



Muitas pipocas para todos****
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Consulta Pública OGM

A oportunidade para todos os que se queixam da gestão ambiental no nosso país fazerem alguma coisa de concreto além de se queixarem: está em consulta pública a aprovação da realização de “Ensaios com organismos geneticamente modificados (OGM)” nos municípios de Évora e Salvaterra de Magos, referente a milho transgénico resistente ao glifosato (herbicida).
Sendo a libertação de OGM no ambiente algo que afecta a estrutura social das comunidades, a qualidade do ambiente e desde a economia local até à mundial, dar pareceres sobre este assunto não é exclusivo da comunidade científica. Aliás, daí estar estipulado por lei que tem que ser posto em consulta pública. E a comunidade científica há muito que chegou a consenso sobre os transgénicos - hoje em dia a sua utilização é aprovada ou banida exclusivamente por razões económicas. Por isso, agora que têm oportunidade, usem da palavra no site da Agência Portuguesa do Ambiente [link]. Usem-na bem.

Em caso de dificuldade em coordenar as ideias, encontrem inspiração para a vossa escrita aqui: [link]...ler tudo>>

não é por mim, é por elas


2-Março-2009, 2ª feira - 200 whales, dolphins get stranded on beach in southern Australia [link]
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Ouvir a mãe


Hoje em dia existem espalhadas na web várias ferramentas que nos põem mais em contacto com o planeta Terra.
Quando há deslocamento de massas no interior do planeta, há libertação de energia mecãnica (sismo) e sonora. O U.S. Geological Survey disponibiliza a gravação do som que acompanhou alguns sismos, ou seja, pode-se ouvir literalmente um tremor de terra, aqui: link

O géiser Old Faithfull, no Parque de Yellowstone, pode ser seguido por Webcam, aqui: link. O géiser é tão fiel que o site inclui uma previsão da próxima libertação de vapor com um erro de apenas 10 minutos.

O portal We Are Listenning é uma compilação de vários sons terrestres e extraterrestres:
- www.stormsounds.com tem sons de diferentes tipos de fenómenos meteorológicos, como tempestades de areia, trovoadas e queda de granizo
- www.whalesounds.com tem as diversas expressões de baleias de bossa. Infra-sons não incluídos, obviamente:)
- www.spacesounds.com inclui o pulsar energético de buracos negros (tornado audível através de tecnologia que capta ondas na frequência de pulsação e as traduz em algo audível para o ouvido humano); o sinal do Sputnik e o ruído de fundo do Big Bang. Alguém se lembra do Restaurante no Fim do Universo (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy)?;)






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TIME's 25 Top Blogs of 2009

Da recentemente publicada lista [link] dos 25 blogs essenciais escolhidos pela TIME, gostava de chamar a atenção para:

. Got2BeGreen [link] - ecologia dentro do orçamento, actualizações sobre ambiente etc.
. ZenHabits [link] - ecologia pessoal:) dicas para ganhar bons hábitos de vida e aumentar a produtividade sem acabar a contribuir para a indústria farmacêutica dos antidepressivos
. SlashFood [link] - excelente guia para uma economia alimentar parcimoniosa
. Seth Godin [link] - um guru do pensamento objectivo e prático, a ser aplicado a todas as àreas....ler tudo>>

Nós por cá

_A Campo Aberto [link] iniciou um movimento de defesa do Choupal de Coimbra, chamado Plataforma do Choupal. Em causa está a construção de um viaduto através do choupal. As bases da argumentação contra esta obra estão explícitas no site da Plataforma: www.plataformadochoupal.org - e extremamente bem explícitas, diga-se de passagem. Uma óptima ideia para que movimentos organizados de cidadãos informados não sejam confundidos com massas de ambientalistas reaccionários. Podemos colaborar assinando a petição dirigida pela Plataforma à Assembleia da República, pedindo a reconsideração do processo e levantando questões muito pertinentes em relação à aprovação da construção do dito monolito de cimento [link].





_O Grupo Flamingo [link] também continua a bater-se pelo Sapal de Corroios, que tem sido destruído em nome da exploração piscícola. Os vídeos da transformação do Sapal estão disponíveis no site do Grupo Flamingo e falam por si. Está disponível um abaixo assinado exigindo à Câmara Municipal do Seixal que intervenha activamente na protecção e recuperação do Sapal de Corroios, conforme expresso em vários boletins municipais e nunca cumprido [link].


_Na sequência do Encontro "Mais economia solidária - Redes de Trocas, Mercados Solidários, Bancos do Tempo, e Moeda Local …que diferença fazem?", realizado na Escola Superior de Educação de Coimbra a 24 de Janeiro de 2009 nasceu a Rede Economia Solidária e Sustentável em Portugal [link]. Um grupo interessado em discutir estratégias para a autosuficiência (económica, emocional, etc.) e o fortalecimento de laços dentro das comunidades destas.


_Numa linha de pensamento parecida, vale sempre a pena chamar a atenção para os grupos Freecycle Portugal [link] - vale trocar, pedir e oferecer, mas nunca vender.

_ A área de cultivo de milho transgénico em Portugal aumentou 15,6% de 2007 para 2008 [link: Fábrica de Conteúdos]. Estes dados vêm a público passados 4 anos sobre um estudo divulgado na Bioscience [link] onde se demonstra que variedades convencionais de milho produzidas em regime de agricultura biológica rendem 26-34% mais que em convencional, enquanto toda a tecnologia e desiquilíbrio social e ambiental causado pelo milho transgénico resistente à seca só rende mais 6-10% [fonte: Monsanto]. Quanto a isto, a Grains Research & Development Corporation australiana afirma, em relação aos cereais transgénicos resistentes à seca, que «The most notable and problematic is the tendency of drought-tolerant GM lines to not perform as well under favourable conditions. (...) The flaw is a profound one. It amounts to shifting the yield losses experienced in dry seasons onto the good years. [link]». O óptimo é inimigo do bom...


Ainda a propósito, sobre a regulamentação que permite a comunidades agrícolas protegerem-se e declararem-se Zonas Livres de Transgénicos, Luísa Schmidt escreve claramente no Expresso: «A portaria que, em princípio, viria regular as zonas livres; na prática veio bloqueá-las. Era mais rápido dizer que são proibidas!» [link artigo "A árvore das patacas somos nós!"]


_Para contrariar a tendência, aproveitem para se inscrever na rede Colher para Semear [link] e adquirir ou trocar sementes de variedades portuguesas, adaptadas às condições locais :)...ler tudo>>

Eco-arte

O BlueMen Group é um trio de extraterrestres que chegou à Terra e está a passar os olhos pelo manual de instruções... kidding:) É um trio, sim, mas de humanos com uma maneira muito especial de sensibilizar o público para problemas ambientais. Vejam por vocês:


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esteril-ização

A imagem acima é do poro por onde sai um cabelo humano [fonte:Laboratory for Scientific Visual Analysis]. Vista ao perto, a pele humana é um terreno acidentado e pouco limpo. Naturalmente.

Cada vez que nasce uma criança nova na minha família fico espantada com a quantidade de químicos que tem que se aplicar à dita, como se fosse um rebento a crescer em hidroponia. Faz-me pensar que é surpreendente que a humanidade ainda cá esteja, quando toalhetes antibacterianos para limpar o rabo aos bebés só existem há alguns anos. Como é que a espécie tem sobrevivido até agora?

Bem, para todos os efeitos a mortalidade infantil diminuiu bastante no século XX, em grande parte por causa da melhoria das condições de higiene. Mas ao mesmo tempo dispararou a quantidade de microorganismos com resistência a desinfectantes e antibióticos, bem como o número de gente com alergias e reacções tóxicas a produtos de limpeza. Afinal, pode haver higiene a mais?

Parece que sim. A pele e o cabelo são o lar de uma flora própria (tal como os intestinos) que é morta pelos sabonetes antibacterianos. Além de que produtos de limpeza demasiado agressivos removem o óleo natural da pele e esta reage ao desiquilíbrio tornando-se muito seca ou produzindo óleo a mais. E se o nosso sistema imunitário não aprender a distinguir o pólen e o pelo de gato de outras coisas realmente perigosas, vamos acabar com reacções imunitárias fortes a substâncias completamente inofensivas, ou seja: alergias. No geral, quanto mais tarde estamos em contacto com as coisas comuns, mais difícil é registar a informação correcta.

O melhor critério? Aqui em casa, qualquer coisa com mais de 10 ingredientes é de desconfiar. E embora tudo o que é de plástico pareça mais limpo e mais fácil de limpar, já está mais do que demonstrado que os plásticos vão libertando partículas para a comida e para a pele com que estão em contacto. Os recipientes de axo inóxidável (verdadeiro, e não daquele Made in China que já foi parte de uma motherboard e traz restos de mercúrio) e de vidro continuam a ser os preferidos.

Passando à sensibilização pelo pânico, ficam alguns artigos interessantes:
Sabonetes antibacterianos, quando usar e quando não usar: The Ecologist - "Behind the label: antibacterial handwash." [link]
Fraldas descartáveis: BBC - "Scientists believe disposable nappies could be linked to both male infertility and testicular cancer." [link]

Garrafas de àgua e a migração de partículas de plástico para o conteúdo: já repararam que todas as garrafas de plástico têm "manter longe da luz" impresso no tótulo? Sabem porquê? Este artigo [link] ensina a distinguir os tipos de plástico das garrafas de acordo com as indicações para reciclagem.

Dietas anti-alergia - muitas alergias e intolerâncias alimentares são apenas uma reacção natural do corpo contra substâncias que estão a ser consumidas em exagero sem sabermos, como o gluten [link] e a soja [link]. Por outro lado, quando se nasceu humano, consumir leite com anticorpos de vaca [link] é mesmo estar a pedir para dar uns espirros.

Têxteis anti-alérgicos, não tóxicos, ou como tratar alergias com pólen e animais: [link].

Produtos de limpeza sem detergentes, à base de ionização e neutralização do pó, que não provocam reacções de hipersensibilidade da pele e eczemas (e por acaso mais baratos): [link]

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Grupo de Biodiversidade dos Açores

Azevinho endémico - Ilex perado ssp. azorica [fonte: Flora dos Açores]

A colonização dos Açores fez-se por passarocos despassarados, por sementes voadoras, troncos à deriva portadores de répteis e escaravelhos, pólen e esporos, muito antes dos Portugueses cá terem chegado (~1400 DC).
É mais ou menos tido como garantido que tudo aquilo que vai para uma ilha tende a divergir da população que ficou no continente. Na ilha o clima é diferente, às vezes há ventos fortes que tornam extremamente incómodo ter asas, e às vezes a ausência de predadores permite relaxar e crescer em altura, verdura e tamanho de folha.

Por isso, nas ilhas em geral e nestas em particular, existem populações únicas no mundo, que puderam evoluir em sossego e têm características diferentes daquelas que estamos habituadas. Às vezes uma asa mais transparente, ou menos uma pétala chega para testemunharmos o poder da selecção natural ao longo de pouco tempo (a uma escala geológica).
A biodiversidade própria dos Açores, onde cada ser vivo (excepto o humano) que se atreveu a diferenciar-se da população continental leva o epíteto específico azorica (ex.: Erica azorica - urze, Laurus azorica - loureiro, Hedera azorica - hera), tem sido pormenorizadamente documentada pelo Grupo de Biodiversidade dos Açores. Podem conhecer melhor o projecto aqui [link].
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Desafio 5 manias

A Rute do Publicar para Partilhar lançou-me este desafio, e ainda tive que pensar um bocado antes de responder. Mas acho que tenho a mania...

... de quebrar rotinas. Quando reparo que começo a andar muito pelos mesmos sítios, ou a ter dias sempre iguais, mudo o trajecto para o trabalho, o horário do ginásio e o sítio dos móveis.

... de tirar fotografias. Ando quase sempre com a máquina fotográfica e é muito raro voltar a casa sem a ter utilizado pelo menos uma vez desde que saí.

... pedir carioca de café...

... de que a minha casa tem que sobreviver ao máximo em produtos transformados. O que me leva a ter em casa uma máquina de leite de soja, um kit para fazer tofu, uma iogurteira, vários vasos de aromáticas e hortícolas... bom, não me vou alongar nisto:)

... de andar sem chinelos em casa, seja qual a estação do ano (nunca me constipei por causa disto, apesar de me estarem sempre a dizer que me vou constipar).

E o desafio fica lançado aos próximos:

Félix, do Desambientado
João, do Bioterra
Manuel, do Bolinas
Irina, do Couve-de-Bruxelas
Beta, d'O Momento...ler tudo>>

Quem chama é quem é. Mai nada.

Há anos que assisto à batalha entre o pessoal das ciências sociais e humanas. A primeira vez que dei por ela foi no 12º ano, quando estava a frequentar o então chamado Agrupamento de Ciêntífico-Natural e a minha turma em bloco resolveu que Filosofia era uma disciplina para passar com 10, e Psicologia até se aproveitava mas apenas porque se aprendia o mapa fisiológico do cérebro.

Com o tempo a coisa foi piorando. Não há maior concentração de ateus raivosos, psiquiátrico-fóbicos e orgulhosos seguidores do síndroma de quem foi massacrado com religião quando era novo e ainda não o ultrapassou perdão, pensamento de Dawkings do que nas turmas dos cursos de ciências naturais e exactas em todas as universidades. (Auto-intitulam-se humanistas e espalham cartazes fotocopiados à borla na associação de estudantes a marcar reuniões para dizer mal de tudo o que não seja passível de ser escrito por uma fórmula matemática)

Bom, hoje em dia a separação que existe entre ciências naturais/exactas e ciências humanas é o equivalente ao fosso de crocodilos que rodeia os castelos encantados: os habitantes de cada um dos lados temem-se e odeiam-se mutuamente, quem tentar estar no meio é comido vivo.

E infelizmente, assim não vamos a lado nenhum. Porque quem se mete na ciência e no ambiente, fá-lo pura e simplesmente pela satisfação pessoal que lhe dá conhecer os mistérios de como funciona o Universo e sentir-se muito importante por isso, razões que são do mais humano que há. E quem segue pelas humanidades fá-lo porque quer compreender a fundo o que é isto de ser humano* e depois gaba-se de saber ler os outros como se fossem um livro aberto . De ambos os lados tenho encontrado pessoas que acham que têm a chave para decifrar o sentido da vida e resolver todos os problemas da humanidade, e que os "outros" são uma cambada de cegos que acham que o mundo se resume com o que aprenderam nos livros**.

É difícil explicar, e é preciso paciência, empatia e uma grande capacidade de simplificação, é preciso inventar palavras e às vezes fazer um desenho, mas é fundamental que as duas partes se consigam entender.

É que a ciência não tem utilidade nenhuma que não seja a de tornar a vida mais fácil ao ser humano. Não é anti-natural nem é má, é simplesmente a maneira que temos de nos expressar enquanto espécie. Há castores que constroem diques, há algas que transformam atmosferas de planetas inteiros - o Homo sapiens sapiens criou a civilização. E convém que a ponha a trabalhar a seu favor, senão sujeita-se às mesmas leis naturais que todos os outros: extingue-se.

A meu ver, se não houver integração das ciências naturais com as humanas, andamos a gastar dinheiro e tempo para nada. É muito giro produzir ratos fluorescentes e milho transgénico que cresce 3 vezes mais rápido, mas podiam-se ter gasto os recursos dessa investigação a descobrir porque é há entraves políticos que fazem com que excedentes de produção não sejam canalizados para os países com solos pobres que nunca vão poder auto-sustentar-se. E ao contrário também vale: é super interessante saber como se desenrascam os descendentes dos exilados da Alemanha nazi, mas neste momento há exilados a precisar de ajuda urgente para se integrarem e sobreviverem, e não vão alimentar-se de teses de 400 páginas.

Cada vez que vejo esta guerra entre cátedras, lembro-me de uma entrevista que a Clara Pinto Correia deu já lá vai mais de uma década, no programa A Ferro e Fogo, em que com duas frases resolveu o conflito desta gente toda: "Sim sou católica e isso não interfere com o ser cientista. Cada vez que olho através das lentes de um microscópio vejo coisas tão fantásticas que para mim são a prova que Deus existe".

A ciência não é uma vaca sagrada. Quanto mais conheço a Biologia, que é a minha área, mais sei que é impossível fazer generalizações em ciências exactas. A ciência é uma ferramenta como qualquer outra, e só precisamos dela se for para nos fazer sentir melhor. Sem objectivo, torna-se tão inútil como um par de barbatanas num gato.



*Que já diz o meu paizinho viver até uma planta vive, mas saber viver não é para qualquer um.

** Era juntá-los todos num quarto e dar-lhes um taco de basebol, não era;)?...ler tudo>>

garrafas de agua, telemóveis e girassóis

Ser verde nunca esteve tanto na moda. Hoje em dia é possível comprar praticamente qualquer coisa que nos garanta que são plantadas àrvores em troca da nossa aquisição.
A Motorola vai colocar à venda, no primeiro trimestre de 2009, um telemóvel "ZeroCarbon". As unidades de carbono, que começam a aparecer em todo o panorama mundial e já são tão importantes como o dólar e o euro, medem quantidades de compostos de carbono com potencial para aumentar o aquecimento global (CO2, CH4, etc.).

O MOTO W233 Renew vem numa capa feita a partir de garrafas de água recicladas e, de acordo com a empresa, tem um impacto zero no aquecimento global porque com as suas vendas a Motorola contribuirá para programas de reflorestação através da Carbonfund.org.


Há já alguns anos, a Motorola, em parceria com a universidade de Warwick (UK) tinha desenvolvido um protótipo de telemóvel cuja capa continha uma semente: quando o aparelho deixasse de funcionar a capa podia ser enterrada num vaso e a semente germinava em cerca de 2 semanas.

Não sou apologista dos créditos de carbono como maneira de compensar pelas asneiras ambientais de cada um, quando é de longe preferível reduzir o consumo evitando trocar de telemóvel sem que seja estritamente necessário, mas acho importante a divulgação da presença de materiais reciclados nos objectos que usamos no dia a dia, para que possamos ver o fechar do ciclo.

fonte da notícia : ENN, Treehugger...ler tudo>>