Lista de Prendas para o Natal 2.0

...Este post é para relembrar família e amigos que, já me conhecendo, sabem perfeitamente que tudo o que cair fora das linhas de orientação para prendas que eu distribuo todos os Natais, vai directo para a CARITAS, Exército de Salvação ou para a primeira instituição de solidariedade onde eu passar. São aceitáveis:



- Um destes: -As quotas da Greenpeace durante 1 ano - (15-20€) http://www.greenpeace.org/international/getinvolved/donate
-Uma prenda daqui: http://www.quintinha.com/
-Um donativo para aqui: http://www.animal.org.pt/ (e oferecem-me o recibo com um desenho por trás)
-Plantas aromáticas ou comestíveis envasadas (faltam-me: arando, mirtilo, framboesa, alfazema, rosmaninho, tomate cherry, chillis, goiabeira)
-Livros do Terry Pratchett - MONSTROUS REGIMENT, disponível na Fnac (atenção que eu já tenho pelo menos 15 e o risco de me darem um repetido é muito grande)
-Bilhetes + visitas acompanhadas a sítios como: Exposição de Cerãmica Japonesa (Museu Porto), Exposição Leonardo DaVinci (Palácio de Cristal, Porto) , Cirque du Solleil (Lisboa e Porto)
-CONCERTO DE NATAL – CCB Lisboa - 23/Dez - Orquestra de Cãmara portuguesa + Voces Caelestes - GRANDE AUDITORIO Preços 10€ – 5€
-Cabazes de frutos secos e produtos biológicos ao vosso gosto. Não incluam chocolate.
- Cachecóis, meias, luvas e écharpes feitos por quem oferece.
- Origamis, idem.


Excluídos e com direito a ir parar à lista negra e receber uma prenda maléfica (não me puxem pela imaginação...eu tenho um vermicompostor em casa) de volta estão:

- Produtos da Natura
- Outros produtos made in China que não os da Natura
- Plásticos (que não sejam a embalagem de algo biológico)
- Coisas que tenham viajado mais de 500 km para chegar até mim
- Coisas em/com pele, pêlo, lã, mohair, lambswool, caxemira e angorá (eu tenho uma gata com pelo angorá por amor de Deuzzz!!!!!)
- Livros de cozinha vegetariana. Não pretendo montar uma biblioteca sobre o assunto e já tenho cerca de 10.
- Gatos em porcelana, plástico ou outro material qualquer. Eu faço colecção de BUDAS e GLOBOS DE NEVE, porque é que insistem em oferecer-me gatos?

9 comentários:

Nuno Santos disse...

Olá Rita!

Que blogue engraçado! Adoramos a tua lista de Natal (e a anti-lista também!!).
E a tua perspectiva do Porto é fantástica!!
Um miiio para a Leela =^.^=
E continua a ver o mundo dessa forma!
Beijinhos Paula e Nuno

Manuel Rocha disse...

Olá Rita !

Vim no rasto de um comentário que deixou no de Rerum Natura, e detenho-me para observar que quem lê Asterix só pode ser boa gente. Por isso voltarei com mais tempo para um comentário à sua lista de compras.

Manuel Rocha disse...

E porque o prometido é devido, aqui estou eu.
Entro sem ter sido convidado e peço desculpa pelo atrevimento.
O que me tráz cá ? O seu comentário no DRN.
Concordamos que todas as generalizações são redutoras, certo ? Portanto deixemos de lado os estereótipos amibientalistas vs não-sei-quê-istas para não nos distrairmos com o acessório.
Digamos que quando a Rita nasceu já eu tinha recebido algumas lições de ecologia. Entre quem as ministrou posso enumerar-lhe o Davip Pimentel, o Cruz de Carvalho, o Ribeiro Telles, o David Morais. Se refiro isto não é para tentar demosntrar que a antiguidade é um posto. Esclareço já que conheço optimos burros bem mais velhos do que eu, e que já aprendi muito com imensas pessoas mais novas que a Rita. Não é essa a questão. O que quero sublinhar é que desde cedo me interessei por estas temáticas, interesse que me levou, inclusivê, a uma pós graduação em Ecologia Humana.
Sendo agrónomo, há mais algumas questões previas que devo esclarecer:
1. Nunca fui apologista da agricultura industrial.
2. Sou por principio reticente ás questões que derivam da engenharia genética.
Esclarecidos estes pontos, devo dizer-lhe que o tipo de argumentação que usa é aquele que tem servido na perfeição para que durante gerações a agro-industria tenha conseguido impor os seus pontos de vista: entra por dentro dos argumentos com estudos de outros cientistas que demonstram que o que os ambientalistas demonstraram afinal estava mal demonstrado. Ora esta dinâmica é por definição inconsequente. O meu ponto de vista é de que para o pleno exercicio da minha liberdade, eu não posso estar condicionado á necessidade de escolher de dois males o menor; tão pouco posso pactuar com os consensos quando eles se determinam na base do menor denominador comum. Vamos a um exemplo para nos entenermos melhor: perante a inevitabilidade do Natal, a Rita dá-se ao trabalho de tentar minimixar danos e faz uma lista de prendas aceitáveis; eu não recebo nem dou prendas porque qualquer lista que se faça é trocar um consumo por outro, sem mexer no essencial que é a futilidade que se entranhou na data.
Já vi muitos animais morrerem em consequência da agro-quimica. Sempre que passo ao lado de unidades de pecuária industrial, penso nos hectómetros cúbicos de antibióticos que ali são consumidos todos os anos. E perante a parafernália de impactos da AI, devo dizer-lhe que tenho alguma dificuldade em conceber cenários piores dos que aqueles que já conheço. Ainda assim, tiram-se do sério as abordagens neo-verdes. Porquê: porque discutem o acessório e acreditam em paliativos.

Não lhe tomo mais tempo.
Cumprimentos.

Manuel Rocha

Anónimo disse...

Lá vou ter q procurar uma prenda que seja uam boa prenda e n esteja nesta lista;) *****s

Rita disse...

Olá Manuel obrigado pelo seu tempo:)
Percebo perfeitamente a sua posição. Estando eu no centro da máquina de investigação e política que gere os agro-assuntos, já sei há muito tempo que nem vale a pena gastar a minha energia por uma agricultura menos química. Essa é uma guerra que vai ser ganha em pequenas batalhas como esta dos OGM.

Quanto às prendas de Natal, eu sei que as vou receber porque há pessoas à minha volta que não concebem o Natal sem prendas e não as quero magoar com uma atitude ecológica da minha parte mas que elas não compreenderiam. E tenho sinceramente um gosto enorme em oferecer algo a outros, quer seja Natal ou não, principalmente se for algo que os vai impedir de cometer algumas asneiras no futuro, como por exemplo um ecoponto caseiro. Acho que tento encontrar um equilíbrio em ambos os casos.

São opiniões:) ainda bem que nem todos gostamos do amarelo, senão o que seria do azul...:) Um abraço.

Manuel Rocha disse...

Olha, olha !!
A Rita respondeu ao meu comentário !!
Será que se adivinha uma profícua troca de pontos de vista ? Adorava que assim fosse. E porquê ? Exactamente pelo que diz no fim do seu comentário: detestaria se tivesse de conviver todos os dias apenas com pessoas que pensam e dizem como eu. Sabendo que há dias que nem eu me aturo, assusto-me só de me imaginar a aturar outro como eu! Por isso, bem-vinda sejas, diferença !
Diz a Rita que tenta encontrar equilíbrios. Tenta e pressinto que consegue. Há claros sinais nesse sentido. Mas a procura de certos equilíbrios tem um risco. Esse risco é o tipo de compromisso que pressupõem . Os compromissos nunca são gratuitos. Mais cedo ou mais tarde, aparece a factura para cobrança, e o preço pode muito bem materializar-se em “sapos” que temos de “ engolir vivos”.
Sei também que há um preço a pagar para contornar esta eventualidade. Esse preço é um certo tipo de “eremitismo”, porque como é óbvio não se pode ser uma animal social sem cedências à dinâmica em que nos inserimos.
Ainda assim, e voltando à questão da polémica que nos trouxe até aqui, eu prefiro discutir o modelo de sociedade que se suporta na ago-indústria a qualquer das suas facetas concretas. E explico porquê com um exemplo. Quando eu aceitar discutir o biodiesel como solução de energia alternativa, assumo implicitamente o compromisso de admitir como sustentável o modelo de mobilidade que assenta no transporte individual.
Sei que a abordagem é pouco mediática e nada simpática, mas tem sido este o meu caminho. Estou disponível para discutir paradigmas para o futuro, não para discutir remendos para o paradigma civilizacional em que vivemos.
PS. Se lhe faltar também orégãos, mande-me um endereço e eles irão ter consigo directamente a partir de Monchique. Não são certificados pela agróbio, mas garanto que de agro-quimica só conhecem os vapores sulforosos que por vezes a nortada traz desde Sines. Nota Importante: nem se atreva a pensar que esta disponibilidade tem o mínimo resquício de “espirito natalício”! Ahaha!

Rita disse...

Obrigado, Manuel. A poupança de energia que eu mais prezo è a da minha própria energia, por isso canalizo-a para mudar o mundo principalmente na minha esfera pessoal, onde sei que posso ter algum impacto. E tenho consciência que a impermanência da vida tratará de desfazer os males da sociedade tão depressa como destruirá as mudanças boas que lhe possamos trazer. Isto vindo de quem trabalha em análise de risco biológico para evitar asneiras parece uma incoerência, mas sou bióloga para proveito próprio, porque me sabe bem estar em contacto com a complexidade da vida, e não porque quero mudar o mundo.
Espero que os seus oregãos se temperem mais com o Siroco e menos com os vapores de Sines.

Manuel Rocha disse...

Voltava para agradecer o seu comentário no Bolinas, para lhe garantir que a boca "neo-verde" não era personalizada , e para lhe dizer que se post-it usasse, no seu caso, recorreria a um de " irredutível Gaulesa que resistirá agora e sempre ao invasor".
Como gostei da sua susceptibilidade, recorro ao Ocatarinetabellatchitchix para me despedir com um sentido " agradas-me, pequena "!

PS. Os ecopontos caseiros que vai oferecer não são "made in China", pois não ?

Susana Rodrigues disse...

Hehehe, este post transformou-se num canto de diálogo. Troquem mas é de contactos msn :P

Já agora...leram o artigo de uma jornalista que tentou (sobre)viver uma semana sem nada que fosse "made in china"? Teriam de deitar fora os computadores e telemóveis porque, no mínimo, um dos componentes foi lá fabricado :P

Ass: a chata do contra :)